No seu último discurso como secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, durante a apresentação do relatório sobre a primeira fase da revisao da Estrategia Clima - Madeira, Susana Prada expôs os trabalhos desenvolvidos desde 2015, quando tomou posse no primeiro mandato, até ao presente, na proteção da biodiversidade.

A governante afirmou que "a adaptação do território e das populações aos impactos das alterações climáticas, é um exercício político e social sem precedentes, exigente em todos os domínios, mas incomparável com o custo da perda" de biodiversidade, da escassez dos recursos hídricos, da perda de território, ou até mesmo da perda de vidas humanas.
"Ciente desta responsabilidade, o Governo Regional aprovou, em 2015, a Estratégia Clima-Madeira, instrumento orientador das políticas regionais, com objetivos muito claros para as diferentes áreas estratégicas, e que foram integralmente cumpridos".
Susana Prada lembrou assim a avaliação de riscos e sistemas de proteção, como o Plano Regional de Riscos de Inundação, a implementação de Sistemas de Alerta de Aluviões e de Alertas Meteorológicos, no qual se inclui o Radar do Porto Santo; da limpeza e reflorestação de 1.650ha e da criação de uma faixa corta-fogo, com 640ha, entre o Terreiro da Luta e o Palheiro Ferreiro, do aumento da proteção das Áreas Protegidas, incluindo a criação da maior área marinha "No-Take" do Atlântico Norte, as ilhas Selvagens, da captação de águas desaproveitadas, caso do Lombo do Urzal e da diminuição das perdas de água através da recuperação de dezenas de km de canais de rega e de redes de abastecimento, do aumento do armazenamento de água em altitude, no túnel do Pedregal e na Lagoa do Paul da Serra, nomeadamente.
Recordou ainda a elaboração dos Programas de Orla Costeira do Porto Santo e da Madeira e do Programa de Ordenamento do Território da Região, o reforço do cordão dunar e das recargas de areia na praia do Porto Santo, entre "muitos outros passos que o Governo Regional deu para garantir uma Região resiliente a uma realidade imposta, mas à qual nos temos sabido adaptar".
Susana Prada sublinhou que "os dados do último Relatório do IPCC refletem o mais elevado nível de conhecimento do estado do Clima, e dos cenários que se nos colocam. Também reafirmam que a vulnerabilidade dos ecossistemas e das populações às alterações climáticas difere, substancialmente, de região para região, pelo que a regionalização destes cenários climáticos recentes é fundamental".
Como tal, "o conhecimento e a evolução dos métodos permitirão refinar e atualizar a Estratégia Clima-Madeira, assegurando as melhores decisões e o planeamento futuro de uma região tão singular como a nossa", afirmou deixando a mensagem de que "é tranquilidade que encaramos o futuro. A Região está, há muito, determinada no combate às alterações climáticas".
A finalizar, Susana prada expressou, com emoção, que "não existe valor maior do que o sentimento do dever cumprido". Um sentimento que reconheceu na sua equipa: "Parabéns a todos e em particular à minha equipa que é excecional".
Temrinou deixando um agradecimento publico ao "trabalho incansável do Corpo de Polícia Florestal, das equipas de Sapadores Florestais, dos Vigilantes da Natureza e de todos os elementos do Instituto das Florestas e conservação da Natureza que estiveram durante estes últimos dias, desde a primeira hora, a combater os incêndios".

Paula Abreu