Foi hoje assinada a revisão da convenção de comparticipação dos tratamentos dentários no setor privado, em vigor desde 1997.
O ato da assinatura não representa, para já, mudanças na vida dos utentes, marcando apenas o início da frente negocial para rever atos médicos dentistas comparticipados e desatualizados e incluir mais, principalmente ao nível dos tratamentos preventivos.
Catarina Cortez, representante da Ordem dos médicos dentistas na Região explicou que o objetivo é aumentar o valor comparticipado pelo governo no preço das consultas, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, incluindo medicamentos, e atos médicos cirúrgicos realizados nos consultórios de médicos dentistas aderentes.
Micaela Freitas, secretária regional de Saúde e Proteção Civil, por seu turno, sublinhou a importância da complementaridade do serviço privado ao público, reconhecendo que a atualização desta convenção tem de beneficiar mais os utentes, uma vez que, nos últimos 25 anos, os reembolsos nesta área não têm sido muito abrangentes.
Na conferência de imprensa, as responsáveis não souberam precisar quando, efetivamente, a nova tabela estará em vigor, sendo este ato da assinatura da convenção a abertura para as negociações para uma medicina dentária que chegue a mais utentes, como reforçou, por seu turno, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, que está na Madeira.
São cerca de 200 médicos dentistas na Madeira, sendo que no serviço público trabalham 18. Já foram prestadas cerca de 20 mil consultas de medicina dentária no setor público.