O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República avançou com uma iniciativa legislativa que visa assegurar o acesso a próteses, ortóteses e outro material ortopédico aos deficientes das Forças Armadas, denunciando aquilo que considera ser “uma injustiça inadmissível” que há demasiado tempo afeta militares que ficaram incapacitados ao serviço de Portugal.
Para o partido, “o Estado tem falhado no apoio mais básico a quem deu a vida e a saúde pela defesa do país, impondo atrasos incompreensíveis na disponibilização de equipamento médico essencial”, segundo se pode ler numa nota enviada às redações. O Chega acrescenta ainda que esta situação é “indigna, vergonhosa e contrária ao respeito que o país deve aos seus militares”.
Nuno Simões de Melo, coordenador do Chega na Comissão da Defesa, observa que o Parlamento não pode continuar a ignorar uma realidade que atrasa tratamentos, prejudica reabilitações e compromete a qualidade de vida “de quem já sofreu demasiado”.
“Quem deu o corpo à pátria não pode ficar meses à espera de uma prótese. Isto é uma vergonha nacional”, disse o deputado Francisco Gomes, citado na mesma nota, exigindo ainda “justiça imediata para os militares deficientes”.
O deputado eleito pelo Chega na Madeira reforça que esta iniciativa é mais um passo na defesa dos direitos dos militares das Forças Armadas e sublinha que continuará a apresentar propostas que assegurem respeito, proteção e reconhecimento a todos os que servem Portugal.
“Um país que abandona os seus militares abandona-se a si próprio”, constatou.