Miguel Castro, líder do Chega/Madeira, manifestou-se hoje profundamente preocupado face ao anúncio recente feito pelo partido Juntos pelo Povo (JPP), que anunciou “ter contratos praticamente fechados com uma empresa de ferry para a ligação Madeira-Continente” e ainda “com construtoras para a construção de 2.000 habitações”. Acordos para executar “caso venha a assumir” o Governo Regional.
“É imperativo questionar: onde está a transparência destes alegados contratos? Foram realizados concursos públicos para assegurar a equidade e a melhor oferta para a Região? Quem vai pagar o ferry? Os madeirenses ou a República? O JPP, que tantas vezes condena a opacidade e a corrupção no sistema, parece agora enveredar pelo mesmo caminho que critica. Será este um caso de ‘faz o que eu digo, não faças o que eu faço’?”, questionou o líder do Chega, citado em comunicado.
Castro perguntou ainda pelo nome das “construtoras envolvidas nestes supostos acordos”, defendendo que a “população madeirense tem o direito de saber quem são os intervenientes nestes processos que afetam diretamente o futuro da nossa terra”.
Para o Chega, o JPP, “que se apresenta como uma alternativa” a um Governo PSD liderado por Miguel Albuquerque, “está a seguir os mesmos passos de opacidade e falta de clareza”.
“Exigimos que o JPP esclareça publicamente todos os detalhes destes alegados contratos e que sejam apresentados os respetivos processos de concurso público, caso existam”, exige o Miguel Castro, observando que “a transparência e a integridade são pilares fundamentais para a confiança dos cidadãos nas instituições, e não permitiremos que sejam comprometidas por promessas vagas e acordos obscuros”.