Sara Madalena, CDS-PP, reconheceu esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa, a importância de discutir o envelhecimento da população, mas considerou que o fenómeno deve ser encarado como “uma realidade positiva” e não apenas como um desafio social.
“O envelhecimento da população é, de facto, uma realidade, mas é uma realidade boa. É sinal de que a longevidade está a acontecer, e isso é de louvar”, afirmou a parlamentar centrista, durante o debate do projeto de resolução do PS que recomenda ao Governo Regional a criação de uma Estratégia Regional para o Envelhecimento.
Sara Madalena defendeu que “conotar o envelhecimento com algo não necessariamente bom é uma falácia”, sublinhando que a Madeira apresenta uma esperança média de vida superior em dois anos face à média nacional. Recordou ainda que foi o CDS quem propôs e conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa a antecipação da idade da reforma em dois anos, precisamente tendo em conta essa diferença.
Apesar de reconhecer a importância do tema, a deputada levantou dúvidas sobre a necessidade de uma nova estratégia regional, argumentando que muitas das medidas referidas na proposta socialista já estão a ser implementadas.
“No número 4 da proposta fala-se em promoção da saúde e do envelhecimento ativo. Ora, os centros de dia e as universidades seniores já cumprem exatamente esse papel, promovendo o combate ao isolamento, a coesão territorial e a participação social”, referiu.
Sara Madalena destacou ainda exemplos de boas práticas já existentes, como o Lar da Tábua, que definiu como um “lar intergeracional”, e lembrou que “os cuidados formais e os apoios aos cuidadores informais já existem”, nomeadamente com o estatuto do cuidador informal.
“A nossa pergunta é: O que é que esta proposta traz de novo, que ainda não exista?”, questionou a deputada centrista, encerrando a sua intervenção.