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Artigo de Opinião

20/05/2025 08:00

O socialismo, aquele bicho papão que está na moda, digamos que há uns dez anos, o bicho papão e não a filosofia política, essa já existe desde o século XIX. É algo antigo, e algo que usamos no dia a dia. A filosofia social-democrata, é um pouco mais recente, início do passado, e surgiu como maneira de diferenciar o socialismo que se praticava no Leste Europeu, vulgo comunismo, para com o resto da Europa. Em Portugal temos o exemplo do Partido Social Democrata, que na sua génese é um partido socialista, entretanto com o passar dos anos os ideias de Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota, foram desaparecendo.

“A democracia política implica o reconhecimento da soberania popular na definição dos órgãos do poder político, na escolha dos seus titulares e na sua fiscalização e responsabilização; exige a garantia intransigente das liberdades individuais, o pluralismo efetivo a todos os níveis e o respeito das minorias”, Sá Carneiro em 1975, na altura da fundação do então PPD. O mesmo líder que agora é aclamado pela direita continuou, “a democracia económica postula a intervenção de todos na determinação dos modos e dos objetivos de produção, o predomínio do interesse público sobre os interesses privados, a intervenção do Estado na vida económica e a propriedade coletiva de determinados sectores produtivos”. A nível social defendia, “democracia social impõe que sejam assegurados efetivamente os direitos fundamentais de todos à saúde, à habitação, ao bem-estar e à segurança social; exige ainda a redistribuição dos rendimentos, pela utilização de uma fiscalidade justa e progressiva”, e ainda teve tempo para falar da cultura, “finalmente a democracia cultural consiste em garantir a todos a igualdade de oportunidades no acesso à educação e à cultura e no favorecimento da expressividade cultural de cada um.”

Estas declarações de 1975, são no mínimo o oposto do que a coligação mais votada nestas últimas eleições apregoou. Aliás, arrisco-me a dizer que são mais “radicais” que o atual Partido Socialista.

A verdade é que nos anos 90 o bicho papão era o comunismo. Aproveitando a queda da União Soviética, os partidos viraram-se para o comunismo como o mal de toda a humanidade, esquecendo-se que em Portugal, o comunismo serviu o País como principal resistência ao Estado Novo. Com o quase desaparecimento do mesmo, a direita voltou-se para o socialismo.

Mas que impacto tem o socialismo nos dias de hoje? Ora bem, numeremos algumas coisas, Serviço Nacional de Saúde, escola pública, habitação a custos controlados, aqui na Madeira, o custo dos combustíveis controlados pelo Governo, segurança social, as reformas, o subsídio de insularidade, tudo isto é a filosofia socialista a trabalhar.

Responsabilidades

A época 2024/25 terminou para o Marítimo. Uma derrota em casa, na fortaleza que se transformou num castelo de cartas, é a última imagem deixada numa temporada que deixou muito a desejar. Promessas de um plantel com ADN Marítimo, constituído em sintonia entre direção e treinador, elevaram as expectativas dos adeptos, até à quinta jornada.

O arquiteto da temporada saía e entrava outro, e depois outro e finalmente Ivo Vieira que veio levar a nau à deriva a um porto, minimamente, seguro.

Não foi uma época de altos e baixos, pois pontos altos não houve, foi uma temporada gerida e guiada pela incompetência de quem está à frente do Club. Administradores que saíram a meio, outros que desapareceram, e ninguém deu a cara.

Rumores de investidores circulam, mas sem ninguém esclarecer os sócios sobre isso.

É altura de assumir as responsabilidades, pois o Marítimo merece isso, os sócios, simpatizantes e adeptos desta instituição centenária merecem isso.

Não podemos voltar ao adormecimento, não podemos não dar a cara quando a situação corre mal.

Os sócios exigem respostas sobre o agora e sobre o futuro, do Club Sport Marítimo.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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