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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

30/06/2021 08:01

Mas hoje quero focar-me concretamente na questão do património municipal. Neste domínio, a nossa missão tem sido a de aproveitar todos os espaços que são nossos para aí desenvolver atividades de elevado interesse municipal, quer através de iniciativa própria, quer através de protocolos com entidades que prestem um serviço relevante para a população nas suas áreas de atividade.

A Escola da Terça de Cima, em Santa Cruz, é um exemplo do que tem sido a nossa gestão no que concerne ao património edificado, o qual tem sido orientado para projetos de elevado interesse municipal.

Esta escola, desativada pela Secretaria da Educação em 2017, irá acolher, muito em breve, o CAO de Santa Cruz, um Centro de Atividades Ocupacionais que acolhe 30 pessoas com deficiência maiores de 18 anos e que precisava urgentemente de encontrar um espaço com melhores condições de trabalho e de desenvolvimento das suas atividades.

A outra entidade com quem estabeleceremos protocolo para a ocupação daquele mesmo espaço são os Escuteiros de Santa Cruz.

A este exemplo de cedência de espaço a atividades de interesse para a população, podem juntar-se outros que estão a ser preparados, como a Escola da Fazenda, em Gaula, que irá acolher uma Casa de Autonomização, que visa contribuir para a eliminação de um dos maiores obstáculos que as pessoas em situação de vulnerabilidade temporária enfrentam e que as impede de gerir de forma autónoma o seu projeto de vida - acessibilidade a habitação com os meios de subsistência disponíveis, através de uma resposta habitacional temporária.

Outro exemplo, é a Escola da Achada do Barro, no Santo da Serra, que dará lugar a um centro intergeracional, dando resposta efetiva a uma população maioritariamente idosa, mas garantindo também a troca de experiências entre gerações e não apenas um depósito onde colocar os mais velhos, como tantas vezes se assiste.

Estes três exemplos são claros quanto à política que temos seguido relativamente ao nosso património municipal: uma gestão rigorosa, transparente, orientada para o serviço público. Daí que seja doloroso ver certos aproveitamentos políticos, com falsas questões, balofas demagogias e uma clara falta de vergonha e de honestidade.

Falo do famigerado caso de uma sede para o Conservatório no Caniço. Falamos de uma instituição que depende diretamente do Governo Regional, que, apesar de cobrar mensalidade aos seus alunos, nunca fez nada para garantir melhores condições aos mesmos, e que preferiu estar sentada à espera de uma solução onde ela não existia. Ou seja, a Câmara Municipal não pode ceder património ou sedes se esse património não existe. E no Caniço não temos nenhum espaço disponível.

Na transparência e no diálogo que tem marcado a nossa ação, esta circunstância foi sempre transmitida aos responsáveis pelo Conservatório, que, no entanto, preferiram fazer de tudo isto uma arma de arremesso político.

Mas o nosso trabalho fala por nós, e a gestão do património a favor do interesse público também. O resto, é a espuma dos dias.

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