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Artigo de Opinião

17/05/2022 08:01

Porém, o seu líder Sérgio Gonçalves - não tendo culpa de ser recém chegado a tudo: ao partido, ao parlamento, à política e ao socialismo local, devia fazer o trabalho de casa básico que o resguardasse do ridículo.

Sábado fez notícia de que "pretendia trabalhar de forma assertiva na resolução do contencioso com o Governo da República".

Mas quando vemos o conteúdo do que anuncia ter proposto, percebemos como é pobre o contributo.

Não só porque chega tarde ao tema do financiamento das universidades, como a da Madeira, a braços com dificuldades financeiras a que o Estado não liga porque tem uma visão centralista também no mundo do ensino superior. Também porque isso tem sido uma das sucessivas reivindicações da Região e dos seus deputados eleitos pelo PSD na Assembleia da República, sem que os socialistas tenham tido qualquer manifestação de apoio a essa reivindicação.

Assim, Sérgio Gonçalves parece descobrir a Universidade da Madeira quando dois dos seus três deputados já lá estavam antes e nada foi aceite pelo Governo Socialista. Assim, a novidade é nenhuma.

Aguardamos pelo contorcionismo que justificará esta reviravolta socialista sobre um tema com barbas na Assembleia da República.

O mesmo podemos dizer da "notícia" dada pelo novo dirigente, que parece ter descoberto agora que a Madeira está desde janeiro de 2022 impedida de ter novas empresas aceites no Centro Internacional de Negócios.

Fez saber que vão prorrogar o prazo. O seu PS propôs isso!
Mas onde está a novidade? O problema aqui é a teimosia e o "medinho" (não tem outro nome) que o PS tem do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista, para além de existirem muitos socialistas que são deliberada e abertamente contra o facto de mais de 6000 madeirenses terem trabalho devido ao facto de existir o CINM!

Assim, é no mínimo caricato que Sérgio Gonçalves se apresente como "assertivo" ao propor uma coisa que o PSD Madeira já fez em novembro de 2021, que foi recusada pelo seu PS na Assembleia da República, retirando da agenda a sua votação e fazendo de conta que não era um assunto durante estes seis meses.

Se Sérgio Gonçalves estiver a ser minimamente sério, deveria sim dar conta da sua indignação perante mais este empurrar com a barriga de Lisboa que fará com que a Região tenha perdido um semestre de inscrições de novas empresas (sim, porque o Orçamento de Estado não estará em vigor antes de meados de junho).

Mas isso é proibido ao novo dirigente socialista. O colete de forças em que aceitou meter-se para poder ascender a líder do PS (orquestrado por Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias) impedem essa ousadia!

Assim, as suas propostas são curtas demais para todos os temas que são sobejamente conhecidos como estando por resolver.

Muito pobrezinha e encolhida esta encenação socialista, para tentar cantar vitória a propósito do Orçamento de Estado para 2022.

Não enganam ninguém!.

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