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Artigo de Opinião

7/12/2021 08:00

Entramos no mês da engorda, não dos cargos públicos, esses, ao que parece, foi durante os doze que compõem o ano, segundo notícias foi o que houve mais contratação para os quadros da função pública. Também não admira, quantas eleições é que houveram este ano?

Mas cá estamos no décimo segundo do ano, altura em que as luzes acendem nas cidades, lembram-nos que o Pai Natal afinal sobreviveu há pandemia, dizem que o senhor ligeiramente obeso, que anda vestido de vermelho, sem rendas, mas com renas, e de barba branca, já está na décima quinta dose da vacina da pfizer, e parece cada vez mais novo. Quem fica contente por esta altura é a Mãe Natal, finalmente tem algum sossego na Lapónia e não está preocupada com as decorações de Natal, pois, segunda consta, não recebe visitas nesta época e vamos ser sinceros está de férias... Quando estamos de férias queremos fugir do trabalho, é natural que mulher não queira ter nada com a quadra, a não ser com a padel, aquele desporto da moda que atingiu a alta sociedade madeirense, dizem que é para substituir o rali no inverno. A média continua a ter que fazer pela vida e não entra em modas, pois são caras.

Eu ando aqui a pensar em que prendas posso oferecer, pensei num lugar nas listas para as legislativas, mas o PSD já tem os que lhes interessam ocupados e ainda deu aqueles de fazer número ao CDS. Lá vou ter que esperar para ver se o Cafôfo fica ou não como presidente do PS para reparar se sobra alguma coisa de jeito, mas aviso desde já que não irei oferecer do quarto da lista para a frente, esses ficam para o BE, MPT, PAN, PDR e outras siglas do alfabeto.

Entretanto fiquei sem os típicos planos para a noite do mercado, a fatídica noite de 23. Dizem que vai ser uma noite para voltar às raízes da tradição, ida ao mercado para comprar fruta e os outras coisas necessárias para o dia de natal. "Mas que raio de tradição é essa?!", questionou metade da população madeirense que sempre pensou que essa noite era reservada para jantaradas e bebedeiras de poncha barata à volta do mercado.

Voltamos é com as tão "típicas" barraquinhas da placa central, uma tradição tão inserida nos hábitos madeirenses de há uma dúzia de anos. E este ano há novidade de parecermos as ovelhas que estão a caminho do curral, não à missa do parto no Curral das Freiras, atenção. Nessa não há bicho que entre, nem que saia, e podemos estar sempre à vontade, e não à vontadinha, depois nos comes e bebes a cumprir o distanciamento social de agora um metro e cinquenta centímetros, ainda bem que tiveram a decência de encurtá-lo nesta época natalícia.

E depois deste ano em que sobrevivemos, eu sei que estou a escrever a crónica demasiado cedo para me vangloriar de ter sobrevivido e tenho a perfeita noção que as coisas mudam num instante nesta vida, temos o tão esperado fim de ano com fogo de artifício. Ao menos não teremos de estar num quadrado, rodeado de arame farpado, como o ano passado.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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