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Artigo de Opinião

Deputado na ALRAM

16/06/2021 08:01

Os anos passam e a Madeira continua a ser o destino de milhares de madeirenses que regressam da Venezuela ou África do Sul, devido à fome, à insegurança, à criminalidade e à repressão, fruto dos extremismos existentes nestes países. Por outras razões, regressam tantos outros madeirenses do Reino Unido, por viverem um sentimento de insegurança quanto ao futuro, fruto do Brexit. Todos fazem parte da nossa diáspora e merecem a atenção e responsabilidade por parte dos que aqui ficaram. Merecem que os encaremos como uma ponte que mantém presente a Madeira no Mundo e que dá a mão a todos os madeirenses e lusodescendentes que avivam a memória e o amor pelas suas origens. Só assim, levam a nossa "Madeirensidade" além-fronteiras.

Esta é uma missão que não pode caber só às pessoas, como também ao Governo Regional da Madeira. Diariamente, tem procurado desenvolver a proximidade com aqueles que cá regressam e com nossa diáspora. Hoje, conta com uma Direção Regional das Comunidades e cooperação externa. Nesta ilha, não existem madeirenses de primeira ou de segunda; existe sim interesse em regressar a casa, seja de qual for a parte do Mundo. Existem sim, preocupações por resolver e expectativas por conhecer.

Entre 2017 e 2019, mais de 10 mil madeirenses e lusodescendentes regressaram à Região e todos foram atendidos de forma igual. Devido a esta igualdade, estes madeirenses, na sua maioria empreendedores que dinamizam a economia regional. Mesmo no meio de uma pandemia mundial, a Região obteve muito por parte dos madeirenses nos últimos anos.

Neste ritmo de evolução económica, o Governo Regional mantém-se ativo ao assegurar e reforçar o sistema educativo para que também o futuro destes empreendedores esteja assegurado. As crianças têm reforços na língua portuguesa para garantir a excelência e são incluídas no sistema de saúde regional. Nos últimos anos, este serviço contou com mais de 8 mil pessoas. Numa conquista relevante, mas que passou despercebida para os apoios nacionais. Porque a Madeira apenas pertence à República portuguesa no mapa. O atual Governo da República - representado por socialistas - escolheu uma Secretaria de Estado que glorifica todos os portugueses, porém discrimina os portugueses que residem e dirigem-se para ilhas. Esta discriminação é uma maneira de virar as costas à nossa identidade, aos nossos conterrâneos e à dignidade humana. O Governo Regional, em particular, tem tido especial atenção em desenvolver iniciativas que promovam a aproximação dos luso-descendentes à cultura, aos valores e à herança madeirense, garantindo a vitalidade das comunidades madeirenses, a aproximação e a união de todos em torno desta causa.

Não podemos esquecer qual o significado do Melhor Destino Insular do Mundo que vai além da vertente turística. Para os verdadeiros portugueses existem outras razões principais. Primeiramente, porque é uma luta contínua e incansável para a proteção e defesa da nossa autonomia conseguida há mais de 40 anos. A segunda razão devido aos investimentos que foram realizados para o desenvolvimento da Região que nos permitiram e, vão continuar a permitir, sonhar, crescer e trabalhar aqui. A terceira e última razão: pelas pessoas que saíram da Madeira e que hoje regressam para investir na terra que as viu crescer. Regressam para renascer e continuar a apostar e investir nesta sua terra, na nossa terra, na NOSSA MADEIRA.

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