MADEIRA Meteorologia

Alterações climáticas causadas pelo homem triplicam mortes associadas ao calor

Data de publicação
09 Julho 2025
8:42

As alterações climáticas causadas pelo homem triplicaram o número estimado de mortes relacionadas com o calor entre 23 de junho e 02 de julho em 12 cidades europeias, revelou um estudo hoje divulgado.

O trabalho foi liderado por cientistas do Imperial College London e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Os investigadores estimam que 2.300 pessoas morreram devido a temperaturas extremas nas cidades.

“No entanto, se o clima não tivesse sido aquecido pela queima de combustíveis fósseis, haveria cerca de 1.500 mortes a menos”, de acordo com as conclusões.

Para os cientistas, as alterações climáticas estão na origem de 65% do excesso de mortes.

Os dados divulgados indicam que as alterações climáticas foram responsáveis por 317 das mortes estimadas por excesso de calor em Milão, 286 em Barcelona, 235 em Paris, 171 em Londres, 164 em Roma, 108 em Madrid, 96 em Atenas, 47 em Budapeste, 31 em Zagreb, 21 em Frankfurt, 21 em Lisboa e seis em Sassari.

“Isso significa que o número estimado de mortes devido ao calor causado pelas alterações climáticas em muitas cidades europeias foi maior do que em outros desastres recentes, incluindo as enchentes de Valência em 2024 (224 mortes) e as enchentes de 2021 no noroeste da Europa (243 mortes)”, lê-se no documento.

As pessoas com 65 anos ou mais representaram “88% das mortes relacionadas com as alterações climáticas”.

Os autores consideram que o estudo demonstra por que as ondas de calor são conhecidas como “assassinas silenciosas”.

“Embora algumas mortes tenham sido relatadas na Espanha, França e Itália, espera-se que milhares de pessoas tenham morrido em virtude das temperaturas escaldantes e as mortes não serão registadas como relacionadas com o calor”, afirmou Malcolm Mistry, professor assistente da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, citado num comunicado da instituição.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, Portugal continental registou 284 óbitos por excesso durante o período de alerta de tempo quente, iniciado a 28 de junho, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos.

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