MADEIRA Meteorologia

Taiwan está a enfrentar "expansionismo autoritário" da China, diz líder da ilha

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
08 Abril 2023
10:08

Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China, disse hoje a líder da ilha, Tsai Ing-wen, no primeiro dia dos exercícios militares de Pequim no estreito de Taiwan.

"Nos últimos anos, temos enfrentado um contínuo expansionismo autoritário", sublinhou Tsai, acrescentando que Taiwan "vai continuar a trabalhar com os Estados Unidos e outros países ... para defender os valores da liberdade e da democracia".

O Ministério da Defesa taiwanês disse ter detetado, em redor da ilha, oito navios de guerra chineses e 42 caças, no primeiro dia dos exercícios militares de Pequim no estreito de Taiwan.

Vinte e nove aviões atravessaram a linha mediana que separa a China e Taiwan, acrescentou, denunciando "ações irracionais".

Esta manhã, o exército chinês anunciou dois dias de manobras militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, na sequência da passagem da líder da ilha pelos Estados Unidos.

"O teatro de operações Leste do Exército Popular de Libertação vai organizar entre 08 e 10 de abril um exercício de preparação para o combate, no estreito de Taiwan, nas partes a norte e a sul da ilha, e no espaço aéreo a leste da ilha de Taiwan", indicou, em comunicado, o exército chinês, sem avançar uma localização exata.

Estas manobras vão também incluir "patrulhas de polícia", acrescentou.

Na quinta-feira, Pequim tinha condenado a estada de Tsai Ing-wen nos EUA, onde manteve um encontro com o presidente da Câmara dos Representantes norte-americano, Kevin McCarthy, e acusou Washington de "conluio" com Taiwan, ao mesmo tempo que garantiu "medidas resolutas e eficazes para salvaguardar a soberania e a integridade territorial".

Depois do encontro de Tsai e McCarthy, o Governo chinês enviou navios de guerra, um helicóptero e um avião de combate para o estreito de Taiwan, e anunciou sanções contra a representante de Taiwan nos EUA, Hsiao Bi-khim, e contra o Instituto Hudson e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan.

Horas depois, uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou, em conferência de imprensa, que "alguns países" apoiam "a independência de Taiwan, em nome da democracia" e para "usar a ilha como forma de conter a China", algo que descreveu como "perigoso e condenado ao fracasso".

"O futuro de Taiwan está na reunificação e o bem-estar do seu povo depende do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Mao Ning, acrescentando que as "diferenças entre os sistemas de ambos os lados do estreito [de Taiwan] não são um obstáculo à reunificação".

Desde que Tsai chegou ao poder, em 2016, as autoridades chinesas têm procurado isolado diplomaticamente a ilha, com perto de 23 milhões de habitantes. Tsai Ing-wen pertence a um partido que defende tradicionalmente a independência de Taiwan, uma linha vermelha absoluta para Pequim.

A ilha é um dos maiores motivos da tensão entre a China e os EUA, principal fornecedor de armas a Taiwan.

Em 1949 e após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

Lusa

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas