O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamista radical Hamas, anunciou hoje ter recebido corpos de 15 prisioneiros, como previsto no acordo de cessar-fogo com Israel mediado pelos Estados Unidos.
“O Ministério da Saúde acusa a receção de 15 corpos de mártires libertados hoje pela potência ocupante, Israel, através do Crescente Vermelho (Cruz Vermelha na região), elevando o número total de corpos recebidos para 315”, lê-se em comunicado.
Segundo a mesma fonte, aqueles corpos foram devolvidos à Palestina por troca com os restos mortais do oficial israelita Hadar Goldin, morto em Gaza ,em 2014, e repatriado no domingo.
As Forças da Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa), confirmaram antes que os restos mortais entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha pertenciam a um militar morto em combate em 2014, Hadar Goldin.
“Representantes das IDF informaram a família do tenente Hadar Goldin que o seu corpo foi repatriado para ser sepultado”, confirmou o Exército de Israel num comunicado publicado na sua conta na rede social X.
Nas últimas horas, o Hamas confirmou ter encontrado o corpo de Goldin em Rafah, cujos restos mortais estavam retidos desde que ele morreu numa emboscada em agosto de 2014.
O Hamas queixou-se em várias ocasiões, desde que o cessar-fogo entrou em vigor, no dia 10 de outubro, que as forças armadas israelitas não lhe permitem aceder a Rafah, onde acreditava que se encontrava o cadáver do soldado.
Com a entrega do corpo de Goldin restam agora quatro outros, aparentemente todos mortos, em poder do Hamas.
No sábado, as autoridades de saúde da Faixa de Gaza afirmaram que mais de 69.000 palestinianos, na maioria civis, foram mortos na guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.
Os palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram mais de duas centenas de reféns.