O Hamas condenou hoje a morte da ativista Aysenur Ezgi Eygi na Cisjordânia ocupada, indicando que “as balas pecaminosas” desta morte são as mesmas que os Estados Unidos enviam a Israel e “usadas diariamente contra o povo palestiniano”.
“Perante este crime horrível cometido contra uma cidadã norte-americana, perguntamo-nos: o Presidente [dos EUA Joe] Biden vai agir para responsabilizar os assassinos e levá-los a julgamento?”, questionou Izzat Al Rishq, membro do gabinete político dos islamitas palestinianos do Hamas.
Em comunicado divulgado após a morte da ativista norte-americana de origem turca, o grupo considerou que este é um exemplo da “brutalidade da ocupação que procura assassinar todas as vozes que se opõem à guerra” e que “são solidárias com a causa palestiniana”.
Aysenur Ezgi Eygi participava no protesto pacífico semanal na aldeia de Beta, em Nablus, contra a expansão dos colonatos quando as forças israelitas abriram fogo, causando-lhe ferimentos graves na cabeça, aos quais não sobreviveu.
O exército israelita, por seu lado, afirmou numa breve declaração que foi forçado a abrir fogo para mitigar “a ameaça” de “um instigador que atirava pedras contra as forças”.
“Os pormenores do incidente e as circunstâncias em que a ativista foi agredida estão a ser analisados”, acrescentou a mesma fonte.
A jovem trabalhava como voluntária no Movimento Internacional de Solidariedade, numa campanha para proteger os agricultores palestinianos dos colonos israelitas.
O exército israelita intensificou as suas já habituais incursões nestes territórios palestinianos ocupados após o início da guerra em Gaza e, até agora, provocou mais de 330 mortos palestinianos, segundo a agência noticiosa EFE.
O atual conflito em Gaza foi desencadeado com um ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro a Israel, que resultou em cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns.
Em resposta, as forças israelitas lançaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou em mais de 40.800 mortos e 94 mil feridos.