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Hamas acusa Israel de execuções sumárias na morte de socorristas

Data de publicação
21 Abril 2025
8:59

As autoridades controladas pelo Hamas acusaram hoje o Exército israelita de execução sumária, em março, durante confrontos em que morreram 15 socorristas palestinianos no sul da Faixa de Gaza.

No dia 23 de março, alguns dias após o reinício da ofensiva na Faixa de Gaza, as tropas israelitas dispararam contra as equipas de socorro da Defesa Civil e do Crescente Vermelho em Rafah, no sul do enclave palestiniano.

Israel alega que seis membros do Hamas estavam no interior das ambulâncias que foram alvo dos disparos.

A Defesa Civil palestiniana, organismo controlado pelo Hamas, concluiu hoje o inquérito sobre os factos que contradiz as conclusões da investigação publicada no domingo pelo Exército israelita.

Mohammed Al-Moughair, responsável pela defesa civil em Gaza, disse à Agência France Presse que as imagens captadas por um dos condutores de ambulância demonstram que Israel procedeu a “execuções sumárias”.

Um inquérito militar, cujas conclusões foram publicadas pelo Exército israelita no domingo, refere que se verificou má conduta profissional, desobediência e “mal-entendidos” entre os soldados israelitas presentes no local mas rejeita as alegações de crime.

Apesar de o Exército ter anunciado a demissão de um oficial que comandava as tropas no terreno nesse dia, investigação concluiu que os soldados não dispararam indiscriminadamente e não foi descoberta qualquer prova que apoiasse as alegações de execução.

As vítimas eram oito membros do Crescente Vermelho, seis membros da Defesa Civil de Gaza e um membro da Unrwa, a agência da ONU para os refugiados palestinianos.

Os corpos foram encontrados vários dias após o tiroteio, enterrados na areia, naquilo que o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA) descreveu como uma vala comum.

O Crescente Vermelho Palestiniano já rejeitou as conclusões do inquérito israelita.

“(...) O relatório está cheio de mentiras, é nulo porque justifica as mortes e atribui a responsabilidade do incidente a um erro pessoal dos comandantes no terreno, quando a verdade é bem diferente”, disse à France Presse o porta-voz da organização em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, Nebal Farsakh.

Os acontecimentos provocaram indignação internacional, com o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, a referir-se a um possível crime de guerra.

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