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Centenas de crianças sul-africanas estão a morrer à fome

JM-Madeira

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Data de publicação
17 Maio 2022
15:54

Centenas de crianças sul africanas encontram-se a receber tratamento devido a subnutrição aguda, em Nelson Mandela Bay (ex-Porth Elizabeth). Parece uma batalha perdida para combate à fome, intensificada pela burocracia inaceitável do Departamento of Social Development.

Nos últimos quinze meses, 14 crianças com idade de cinco anos morreram à fome em Nelson Mandela Bay e outros 216 novos casos de desnutrição aguda foram confirmados no Cabo Oriental onde mais de 16.000 famílias foram deixadas `sua sorte’ sem qualquer auxílio.

Outras 188 crianças também, gravemente, afetadas tiveram de receber tratamento hospitalar devido a subnutrição aguda e em fevereiro, foram hospitalizadas 11 devido à gravidade do seu estado. Arroz simples em pasta, constitui para milhares de crianças uma única refeição do dia.

O impacto de falta de alimentos, incluindo a carência de alimentos nutricionais nas comunidades, é significativo. O Instituto da Criança, da Universidade do Cabo, estima de que 48% dos óbitos hospitalares de crianças estão associados à malnutrição moderada ou aguda.

Recaem acusações sobre o departamento social para o desenvolvimento por reter 67 milhões de rands destinados a assistir os mais afetados pela pobreza na província, dinheiro para famílias sem posses para fazer face a necessidades básicas e onde é fácil observar milhares de mães agoniadas, onde e como conseguir um pedaço de pão para sustentar a família e em simultâneo resignadas, pensando só e apenas em como sobreviver.

Em consequência do "lockdown" para combate ao Covid-19, na África do Sul, aproximadamente 47% das famílias perderam os seus rendimentos na totalidade, ficando sem meios para aquisição de alimentos, expostos à miséria e à fome ou com o subsídio governamental de 350.00 rands (20.50 euros) para "sobreviver" o que é algo incompreensível, como também é incompreensível a ajudas a Cuba aos milhões, o que levou já o Afriforum, uma ONG, a recorrer aos tribunais para impedir esta sangria de dinheiro dos contribuintes sul africanos, tendo o tribunal se pronunciado favoravelmente àquela ONG.

A pobreza na África do Sul atingiu níveis altos, absolutamente inaceitáveis admite o Department of Social Development.

O desemprego, essencialmente, permanece uma característica estrutural da economia sul africana e a criação de novos postos de trabalho não se aproximou do que foi antecipado. De acordo com estudos realizados cerca de 60% das crianças sul africanas vivem abaixo da linha de pobreza, 30% não têm água nas suas casas e 20% vivem em habitações deploravelmente superlotadas.

José Luís da Silva, Correspondente em Joanesburgo, na África do Sul

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