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ACNUR pede a países europeus para manterem ajuda humanitária

Data de publicação
10 Novembro 2025
20:55

O alto-comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, pediu hoje aos países europeus para não cometerem “o erro estratégico” de cortar a ajuda humanitária para aumentar a despesa com Defesa.

“A ajuda é tão importante para a estabilidade como o financiamento da segurança em muitas regiões que são estratégicas para a Europa”, argumentou Grandi, em entrevista à agência de notícias espanhola EFE na cidade brasileira de Belém, onde começou a conferência mundial do Clima COP30.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) sofreu um corte total de financiamento dos Estados Unidos, cujo Presidente, o republicano Donald Trump, desvalorizou em diversas ocasiões o papel da ONU, e uma redução parcial das contribuições de alguns países europeus.

Tal levou a agência especializada da ONU encarregada de dar assistência aos refugiados, requerentes de asilo e apátridas e uma crise financeira sem precedentes em 75 anos de história.

O financiamento caiu tão drasticamente que regressou aos níveis de 2015, com a diferença de que o número de pessoas deslocadas à força em todo o mundo duplicou.

Sobre os cortes do lado europeu, Grandi salientou que alguns países “estão a cortar, sobretudo porque estão a destinar mais recursos a outras áreas, em especial à defesa”.

Na última cimeira, realizada a 24 e 25 de junho em Haia, os países da NATO acordaram aumentar a despesa com Defesa até ao equivalente a 5% do produto interno bruto (PIB), pressionados por Trump.

A América Latina foi a região mais afetada pelos cortes de financiamento sofridos pelo ACNUR, registando uma redução de 32,5% no total de recursos alocados a esta parte do mundo, segundo as autoridades da região.

Grandi indicou que “todas as regiões” foram afetadas pelos cortes e que, no caso da América Latina, isso se deve por “grande parte da ajuda humanitária provir dos Estados Unidos”.

“Mas esperamos poder retomar o trabalho aqui, tanto no setor humanitário como no do desenvolvimento. Porque se o objetivo de todos estes países é estabilizar estes fluxos complexos, é necessário ajudá-los a realizar esse trabalho de estabilização, e isso exige recursos”, sublinhou o responsável.

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