O projeto, de um investidor madeirense, está já em fase de pareceres e será composto por uma área hoteleira e outra habitacional, a partir da zona da antiga piscina até à estrada de acesso ao miradouro.
Já no âmbito da próxima ronda da Jornadas JM 2021, quarta-feira próxima em Machico, o presidente da autarquia local faz um ponto de situação dos empreendimentos turísticos previstos para os próximos tempos no seu concelho, com Ricardo Franco a destacar três.
Ao JM, diz, então, que "temos agora uma nova proposta de um projeto que considero excecional, para a zona da Matur. Irá, naturalmente, revitalizar aquela zona, irá voltar a dar dignidade aquele espaço que foi o primeiro aldeamento turístico da Madeira e um dos primeiros de Portugal".
O projeto "deu entrada há cerca de duas semanas e já pedimos pareceres. É um tipo de investimento muito interessante, dividido em três setores: área hoteleira, área habitacional e também espaço de ‘eco banking’". Ressalvando que "caberá ao promotor dar pormenores", mas o projeto "já é público, a partir do momento que entrou na Câmara, e pode ser consultado", sempre revelou que "o hotel será naquela zona da piscina, não terá com certeza a dimensão que tinha o Atlantis". Mas "estamos muito animados com este projeto e com esta disponibilidade de um promotor, um investidor, olhar para nós. Haverá uma apresentação pública do projeto, mas nós não temos nada a esconder".
E sim, "as casas que lá estão serão para manter e esta proposta de investimento é numa área onde não existe edificação. Estamos a falar da zona da piscina e da faixa, de um lado e outro da estrada, para quem vai em direção ao miradouro".
"O terreno está nulo, está virgem, em termos de construção. A parte da piscina, grande parte das infraestruturas serão restauradas e pelo que me foi dado a conhecer. Será um projeto muito interessante e estruturante para o nosso município. O terreno foi já adquirido por este promotor à entidade bancária, que tinha os direitos, na sequência da falência da Matur e do Atlantis", acrescentou ainda.
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Um outro projeto, entre outros que foram condicionados pela covid, é o Forte São João Batista, que está parado. "Devia ter começado em 2020, mas com a pandemia o promotor solicitou-nos um prazo maior, para depois começar a obra. Ele próprio é um hoteleiro, vive das receitas do alojamento e sem receita tem dificuldade em iniciar uma obra em que parte do investimento é com fundos próprios. Pediu-nos tempo e entendemos perfeitamente. Aliás, ele tem uma concessão do Governo, que vai ter que respeitar", explica-nos, a propósito.
"Da nossa parte, o projeto está aprovado, demos todas as condições, dentro da legalidade, para facilitar ao máximo todo o processo burocrático", diz ainda, lembrando que "é um projeto que necessita de um enquadramento paisagístico e espero que no final deste ano ou no próximo vá para o terreno
Em marcha está ainda um outro investimento, este bem no centro da cidade. "Foi primeiro hotel de Machico, aqui na cidade, ao lado do Mercado Velho, onde funcionou o primeiro colégio em Machico, do professor Queirós, que já tinha sido unidade hoteleira. Já foi escola, já albergou parte da corporação dos bombeiros, já foi arquivo da Câmara…"
Sobre este empreendimento, relevou que está sendo já intervencionado, porque "houve um promotor que adquiriu o edifício, restaurou-o e neste momento está em fase de acabamento, com obras internas. Penso que brevemente será apresentado. É mais um sinal de resiliência daquilo que tem sido o nosso papel em querer captar investimento para o concelho".
Mas "há outros investimentos que estão na calha e quando as coisas estiverem entregues na Câmara, certas, não teremos qualquer problema em apresentar", conforme frisou
Por David Spranger