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Habitação destinada a acolhimento de sem-abrigo no Funchal ainda sem qualquer utilização

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Novembro 2022
13:07

Os vereadores eleitos pela Confiança na Câmara do Funchal visitaram o edifício municipal reabilitado onde deveria estar a funcionar o projeto 'Habitação Solidária' e, de acordo com um comunicado divulgado este domingo, encontraram um espaço "vazio e sem qualquer utilização."

"Este espaço que deveria acolher quatro pessoas em situação de sem-abrigo desde o mês de agosto, continua fechado e devoluto, numa altura em que se exigem soluções para as crescentes vulnerabilidades sociais que o Funchal tem apresentado", refere a mesma nota.

A coligação recorda que a reabilitação deste edifício, propriedade da Câmara Municipal, situado na esquina entre a Rua dos Ilhéus e a Avenida Luís de Camões, "foi adjudicada pela Confiança, ainda no mandato anterior, representando um investimento de 153 mil euros."

"O atual presidente, recebendo em herança o edifício com um projecto elaborado e com obras de reabilitação em curso, anunciou que pretendia alocar a casa a um 'projeto pioneiro para pessoas sem abrigo' . Na verdade, este projeto de 'Habitação Solidária', é uma cópia de um projeto de integração social da Confiança, denominado 'Habitação Partilhada' e inaugurado em 2020, destinado às pessoas em situação de sem-abrigo e que funcionou como alojamento de transição na freguesia de São Roque", refere.
Já em julho deste ano, prossegue, foi aprovado, com os votos favoráveis dos vereadores da Confiança, um Protocolo de Cooperação entre o Município do Funchal, o Instituto de Segurança Social da Madeira e a Associação Protectora dos Pobres com vista, onde o presidente da Câmara anunciava não só que esta casa estaria ocupada já no mês de agosto por quatro pessoas sem-abrigo, mas também a criação de uma nova 'Habitação Solidária' na zona dos Barreiros.

"É inadmissível que depois de anunciar com pompa e circunstância este projecto, e conhecidas que são as carências habitacionais de tantas famílias funchalenses, o presidente da CMF mantenha esta casa pronta e fechada há quatro meses", acusa da vereadora Micaela Camacho, lembrando que "este é também o reflexo da instabilidade que temos assistido ao pelouro do social, com entradas e saídas de vereadores".

No balanço destes 14 meses de mandato, a autarca conclui que "são mentiras e promessas não cumpridas que se vão acumulando e que, apesar das tentativas de mascarar a realidade com páginas de propaganda, o tempo vai-se encarregando de desvendar aos olhos dos funchalenses, enquanto na prática vão se agravando as vulnerabilidades sociais do Funchal".

Catarina Gouveia

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