Nas últimas duas semanas, a Madeira contabilizou 133 infeções, sendo a faixa etária dos 30 aos 39 anos a que registou mais novos casos. Apenas 16 infetados com 60 anos ou mais.

Mais de metade dos novos casos de covid-19 registados na Madeira nas últimas duas semanas foram detetados em pessoas das faixas etárias abaixo dos 40 anos. Com efeito, a maioria dos 133 casos reportados desde o dia 25 de junho surgiu nas faixas etárias dos 20 aos 59 anos.

A tendência já tem sido reportada em diversas regiões e países, sendo que também a Madeira tem acompanhado a descida da média de idades dos infetados.

Olhando aos dados divulgados pela Direção Regional da Saúde, desde o dia 25 de junho e até ao dia de ontem – 8 de julho –, 101 dos 133 casos identificados ocorreram em pessoas com menos de 60 anos, e os jovens adultos até aos 40 anos são os que registam mais infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2.

O número de novos casos na Região tem seguido a tendência: crescente número de infeções até aos 30 a 39 anos, faixa etária do pico de novos contágios. A partir daí, o número vai diminuindo consistentemente e os infetados a partir dos 50 anos representam já menos de um terço dos novos casos.

Mudança de tendência

Analisando o registo total desde o surgimento do primeiro caso na Região, em março de 2020, é possível verificar que a faixa dos 50 aos 59 anos ainda é a mais afetada.

Segue-se a faixa etária dos 40 aos 49 anos, a dos 30 aos 39, e depois a dos 20 aos 29. Surgem depois os infetados dos 60 aos 69 anos, os 10 aos 19 anos, os 0 aos 9, os 70 aos 79, e por fim a faixa dos maiores de 80 anos.

A comparação com os registos das últimas semanas, com especial incidência nos últimos 14 dias, permite identificar uma mudança na tendência.

Com efeito, a faixa dos 40 aos 49 anos está prestes a ultrapassar a faixa dos 50 aos 59 – os homens infetados com idade na casa dos 40 anos já são mais do que os homens da casa dos 50 – e o crescimento de novos casos tem sido muito mais evidente nas gerações mais novas.

Factos que também não são alheios aos processos de vacinação, uma vez que é nas idades com maior taxa de inoculação que se registam os números mais baixos de incidência do coronavírus.

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Por Marco Milho