O Sindicato de Hotelaria da Madeira esteve hoje reunido em plenário de dirigentes e delegados sindicais, com as preocupações dos salários baixos e formas de luta sindical a dominarem os trabalhos, com o contrato coletivo do setor em cima da mesa.
Assim, e de acordo com Luís Trindade, coordenador da Federação de Hotelaria, que esteve presente na reunião, no próximo dia 25, será realizada uma chamada de atenção para a realidade em que vivem os trabalhadores do setor, desta feita, com uma concentração, a partir das 15h30, junto à sede do Sindicato, na Rua da Alegria, no Funchal, para uma manifestação até à Quinta Vigia, sede do Governo Regional. O objetivo é entregar um documento a Miguel Albuquerque, apelando à intervenção do executivo.
A concentração tem ainda por missão “denunciar à população o que está a acontecer no setor de hotelaria”, com falta de mão de obra devido às baixas remunerações.
“Na política, quando há eleições, os partidos queixam-se que os salários são muito baixos, mas depois de eleitos os responsáveis do governo e dos partidos, as propostas enviadas para as associações patronais acabam por ser a continuidade de salários baixos e do salário mínimo nacional, “independentemente da categoria profissional do trabalhador e da sua antiguidade”, criticou o sindicalista.
Segundo Luís Trindade, o patronato “aposta em variáveis, como prémios e bónus, para que o trabalhador esteja o maior tempo disponível para a entidade patronal”, mas sem o aumento efetivo do salário base.
“Se há falta de mão de obra, o problema é precisamente devido aos salários que são baixos e, por isso, os jovens em Portugal, mesmo com formação na área, não apostam neste setor no nosso país, preferindo emigrar”.