O secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural congratulou-se hoje com a decisão da Comissão Europeia de autorizar a mobilização de até 5% das verbas do desenvolvimento rural, financiadas pelo FEADER, mas considera que o dinheiro é insuficiente para fazer face ao aumento dos preços.

A verba a ser mobilizada no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) garantirá a Portugal mais 51 milhões de euros de fundos para os agricultores, no âmbito do aumento de custos de produção.

No caso da Madeira, segundo disse Humberto Vasconcelos disse esta tarde, na abertura do XI festival da Truta / Rota da Sidra, no Ribeiro Frio, 2,1 milhões serão canalizados 2,1 milhões a fundo perdido.

Em comunicado, a propósito das verbas europeias que serão enviadas ao país, o responsável pela pasta da agricultura recorda que "há algum tempo" foi solicitado "aos serviços do Ministério da Agricultura que encetasse as diligências necessárias para viabilizar uma medida desta natureza", temendo que a subida dos preços dos fatores de produção pudesse levar alguns agricultores a reduzir ou mesmo a abandonar a produção agrícola.

"Alertámos que era imperativo minimizar os impactos resultantes do aumento de um conjunto de elementos indispensáveis ao processo produtivo, através de um apoio pecuniário, por forma a que o ciclo produtivo continuasse consolidado e seguro. Finalmente tivemos uma decisão nesse sentido, que vai proporcionar a segurança da produção de alimentos e combater os desequilíbrios do mercado", sublinha.

Contudo, e atendendo à previsível escalada de preços, o governante acrescenta "que é também fundamental o reforço das verbas a fundo perdido para a agricultura".

"A verba que vai ser disponibilizada é insuficiente para às necessidades, porque projetamos que os preços continuem a subir", afirma.

(Editado às 16h05)

Iolanda Chaves