Das perguntas dos alunos, Tiago quis saber sobre o papel dos partidos relativamente à Autonomia e Diogo endereçou a questão ao JM: qual o papel da imprensa na construção da autonomia.
Rubina Leal, que também respondia à aluna Vitoria, que quis saber o que teve de ser feito para que a autonomia da Madeira fosse uma realidade, apontou alguns exemplos do que foi conquistado com a autonomia, como a conquista de estatutos próprios. É graças a esta autonomia que, por exemplo, foi possível avançar com medidas para a carreira docente. Quem decide e muitas vezes apresenta as propostas são os partidos, sendo que o povo é quem tem o voto final. “Temos a capacidade de criar esta mesma mudança”.
Antes de passar a palavra ao diretor do JM, Rubina Leal sublinhou que “se houve entidades fundamentais no crescimento, desenvolvimento e lutas que Lisboa nos desse essas competências, foi a comunicação social”. A presidente do Parlamento aproveitou, na reta final da segunda sessão do Parlamento jovem, para prestar agradecimentos aos presentes no auditório da Escola Agrícola da Madeira, com várias entidades representadas.
Dando voz a Miguel Silva, o diretor do JM respondeu “com muito gosto” ao aluno, sobre o papel da comunicação social no processo. “Eu diria que a comunicação social, neste processo todo da Autonomia, teve um papel de luz, no tempo de escuridão informativa”.
Miguel Silva lembrou o tempo rem que as pessoas procuravam os jornais à saída das missas, das escolas ou nas instituições públicas, quando atualmente estão mais acessíveis, incluindo online.
“Mas a luta não está ganha. O tempo da escuridão informativa pode querer aparecer”, com “nuvens que pairam como notícias falsas ou que surgem na internet de forma aparentemente fiável, mas não é”.Assim, Miguel Silva considerou que “estamos a viver o mesmo desafio em que é fundamental a presença da comunicação social”. Dessa feita, desafiou os jovens a questionar a fonte da notícia. “Podem ler uma notícia num jornal ou numa plataforma. A diferença é essencial. Num jornal, implica um jornalista com carteira profissional, um nome. Na internet não é assim. Leiam muito, partilhem aquilo que considerem válida, sabendo qual é a fonte. Tudo o resto, desconfiem, desvalorizem, ignorem”.