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Pesca do atum “está em risco de sobrevivência”, alerta o Chega

Data de publicação
27 Abril 2025
11:21

O deputado do Chega à Assembleia da República, Francisco Gomes, acredita que a sobrevivência da pesca do atum está “em risco iminente” e que o setor vive, neste momento, aquilo que considera ser uma “verdadeira tempestade perfeita, com vários fatores a convergirem e a empurrarem famílias para o desespero e para a miséria.”

Entre os problemas identificados e remetidos em nota de imprensa, Francisco Gomes destaca quatro. O primeiro é o das limitações impostas às quotas de captura, uma questão que, segundo diz, o Chega “tem combatido sistematicamente, sem que o governo da República tenha, até agora, apresentado soluções concretas”. “O governo tem ficado pelas promessas, mas não tem aberto os olhos da União Europeia para a injustiça das quotas”, critica o deputado.

“Não basta prometer. O tempo das promessas vazias acabou. Se queremos salvar a pesca do atum, é urgente que o governo esteja à altura. Por exemplo, a França não está a gastar a quota de atum patudo. Porque é que a mesma não vem para a Madeira? Ninguém consegue ver isto? Ninguém faz nada”, questiona Francisco Gomes.

O segundo problema apontado é “a ausência de um apoio ao transporte do peixe desde a Madeira até ao continente europeu, em especial para Espanha”. O parlamentar afirma que “os custos de transporte são elevados e muitos armadores não conseguem suportar essas despesas sem comprometer a sustentabilidade da atividade”.

Em terceiro lugar, Francisco Gomes considera que “o número de licenças atribuídas para a pesca do atum está inflacionado”. “Ao contrário do que se passa com a pesca do peixe-espada, onde o número de licenças é mais equilibrado, na pesca do atum o excesso de licenças está a estrangular o setor”. diz.

O quarto fator apontado pelo deputado do Chega é o alegado incumprimento de um apoio prometido aos armadores antes do início da época da pesca do atum. Segundo o parlamentar, a falta deste apoio “impediu vários armadores de preparar devidamente os seus barcos para a faina”.

“Neste momento, temos oito traineiras paradas no Caniçal, sem ir ao mar, e sem garantias de que voltarão. Estamos a falar de trabalhadores com dificuldades sérias, alguns deles em desespero, e famílias a enfrentar necessidades”, referiu o deputado.

Francisco Gomes sublinha que o Chega “não deixará de ser a voz dos pescadores da Região” e compromete-se a “continuar a pressionar o governo da República para que sejam encontradas soluções urgentes e eficazes para salvar o setor”. “A pesca do atum faz parte da nossa identidade e o Chega vai lutar até ao fim para proteger esta atividade e as famílias que dela dependem”, conclui.

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