No fórum sobre os 25 anos da Laurissilva como Património Mundial da UNESCO, que decorre esta tarde no Jardim Botânico e pode ser acompanhado em direto nas plataformas digitais do JM e do Na Minha Terra, Paulo Oliveira, vogal do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza e gestor do bem Laurissilva para a UNESCO, sublinhou o valor incalculável da biodiversidade do arquipélago da Madeira.
O especialista lembrou que, tal como todas as ilhas, a Madeira é um “repositório de biodiversidade”, com espécies que, por força da necessidade, evoluem e originam formas únicas, distinguindo-se claramente dos continentes. Hoje, este espaço da Macaronésia contribui para a biodiversidade da União Europeia, facto que, disse, deve orientar decisões de proteção ambiental.
Paulo Oliveira alertou para o efeito da centralização dos fundos comunitários, que “vai talvez retirar alguma capacidade de financiamento para defender essa biodiversidade única”, cuja importância é desproporcionalmente maior do que nos continentes.
Questionado sobre se esta situação é motivo de preocupação, Eduardo Jesus confirmou que sim, acrescentando que o presidente do Governo Regional tem levado a questão a Bruxelas, sublinhando que as especificidades das Regiões Ultraperiféricas (RUP) já estão consagradas e que é preciso atender a estas particularidades, nomeadamente na capacidade de gestão do território e na proteção de recursos naturais.