O núcleo de Jovens do Bloco de Esquerda Madeira juntou ontem mais de 180 pessoas numa iniciativa solidária em prol da causa animal, que resultou num donativo superior a quatrocentos e cinquenta euros, que foi entregue à associação Ajuda Alimentar Cães, e que contou com o apoio da VMT Madeira.
De acordo com uma nota enviada à redação, o valor angariado será sobretudo para pagar contas de veterinário, conforme anunciou a responsável da associação que também esteve presente neste evento.
"A ideia deste sunset solidário surge na sequência de vários pedidos de ajuda, com que frequentemente somos confrontados nas redes sociais, por parte de várias associações e grupos de pessoas que se dedicam a ajudar animais domésticos que foram abandonados e/ou alvo de maus tratos. Muitos, infelizmente, precisam de cuidados veterinários, que, como todos sabemos, são muito caros. E apesar de algumas clínicas privadas desenvolverem algum trabalho pro-bono, é claramente insuficiente para fazer face às inúmeras necessidades de tratamentos destes animais que foram abandonados ou maltratados pelos seus donos", aclara este núcleo.
Conforme reiteram os jovens bloquistas, apesar de alguns avanços, "ainda há muita crueldade por aí e muito a fazer no campo da consciencialização das pessoas para o bem-estar animal e da forma como os animais devem ser tratados, bem como para a responsabilização que os donos devem ter perante os seus animais".
Reconhecendo que o trabalho das associações é voluntário e que acarreta grandes custos e que, apesar de muitas pessoas tratarem bem os seus animais, uma grande parte não tem forma de suportar os custos do veterinário, este núcleo surge a existência de um hospital público que garantisse esses cuidados de rotina e de emergência, quer às associações quer também a toda a população.
"As políticas públicas do Governo Regional para a causa animal, de prevenção e de combate ao abandono, de promoção dos cuidados de bem-estar dos animais, de apoio a associações, por exemplo na prestação de cuidados médicos veterinários gratuitos, são inexistentes ou irrelevantes ou limitaram-se à criação do cargo do Provedor do Animal, cujo gabinete custa ao erário público regional cerca de 15 mil euros mensais, mas que, até ao momento, não apresentou qualquer trabalho relevante ou solução para este flagelo do abandono e dos maus tratos aos animais domésticos", sublinham ainda estes jovens.
Redação