O MTP - Partido da Terra apelou, esta quinta-feira, à promoção da cidadania da Região.
"Se o habitante comum exercesse seus direitos (i.e., fosse cidadão), muito estaria melhor nesta terra: certas obras não seriam feitas, denúncias promoveriam a melhoria dos serviços, boas ideias seriam concretizadas, a corrupção diminuiria por via da penalização dada pelos eleitores, os incompetentes seriam removidos dos tachos, e haveria liberdade de expressão política", começa por referir um comunicado do coordenador MPT-Madeira, Valter Rodrigues.
Nesse sentido, o MPT defende que para criar essa cidadania ativa é preciso que os habitantes tenham a sua fonte de rendimentos independente dos políticos no poder, recursos adequados para se sustentarem e se informarem, e tempo para se dedicar à causa pública.
Ainda a esse propósito, o partido referiu que atualmente existem cinco classes de habitantes na Região: "os subsídio-dependentes (rendimentos inferiores ao do ordenado mínimo), a do ordenado mínimo (ou próximo disso, rendimentos inferiores a 1000€/mês), a classe média (rendimentos de cerca de 1350€/mês), a dos tachistas (e alguns profissionais liberais, tais como médicos, advogados,...), e os ricos", notou.
Sendo que, conforme prosseguiram, os subsídio-dependentes "votam em que lhes dá mais (i.e., quem está no Governo)", ao passo que "os da classe do ordenado mínimo lutam para sobreviver e melhorar as suas condições de vida, pelo que poucos se interessam pela Causa Pública".
"Os tachistas votam e apoiam quem lhes paga. Os ricos votam em quem lhes interessa para seus negócios. Conclusão, só fica a classe média com liberdade para pensar, votar e exercer a cidadania ativa. Urge reforçar esta classe para que tenhamos mais cidadania ativa", sustentou.
Ademais, salienta que a classe média "é uma classe social presente no capitalismo moderno que se convencionou a tratar como possuidora de um poder aquisitivo e de um padrão de vida e de consumo razoáveis, de forma a não apenas suprir suas necessidades de sobrevivência como também a permitir-se formas variadas de lazer e cultura", rematou.
Bruna Nóbrega