O PCP promoveu hoje, na Rua Dr. Fernão Ornelas, no Funchal, uma ação de contacto com trabalhadores e com a população, com o objetivo de promover a adesão à Greve Geral de 11 de dezembro.

Durante a iniciativa, o dirigente do PCP, Ricardo Lume, classificou “o pacote laboral do Governo da República” como “uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores”, justificando assim a necessidade de que todos adiram à Greve Geral de 11 de dezembro, para demonstrar que os trabalhadores não são descartáveis e que, em pleno século XXI, não aceitam práticas laborais dignas do século XIX.

O partido considera que “o pacote representa uma ofensiva violenta contra direitos fundamentais conquistados com décadas de luta”, apontando que “as medidas propostas agravam os baixos salários, facilitam despedimentos sem justa causa, aprofundam a precariedade e desregulam ainda mais os horários de trabalho, impondo mais exploração, mais insegurança e menos direitos.”

Ricardo Lume explicou ainda que “os trabalhadores da Região Autónoma da Madeira têm motivos acrescidos para aderir à Greve Geral, não só para travar o Pacote Laboral, mas porque é na Madeira que se acentuam graves injustiças contra quem vive do seu trabalho”.

Os comunistas apontam ainda que a Madeira é “a região do País com salários líquidos mais baixos, apesar do propagandeado crescimento do PIB, sendo também uma região onde os trabalhadores do setor privado, vivendo numa ilha, não recebem subsídio de insularidade, ao contrário dos trabalhadores do setor público; a região com uma das mais altas taxas de inflação e um território onde horários desregulados e precariedade têm maior impacto devido ao peso de setores como hotelaria, restauração, turismo e construção civil”.