No arranque dos trabalhos parlamentares, hoje, coube a Miguel Castro, do Chega, a intervenção política antes da ordem do dia, que aproveitou o palanque para fazer uma análise da proposta de Orçamento Regional, que é discutida no hemiciclo madeirense, a partir do dia 15.
“A Madeira é hoje uma região rica, com um excelente PIB, mas continua a ser a região portuguesa mais pobre, a seguir aos Açores”, disse o líder parlamentar do Chega, salientando que “há famílias que não conseguem regressar a casa porque as viagens aéreas são um luxo e os trabalhadores não conseguem levar para casa um ordenado que dure até ao final do mês”.
“Como pode uma região rica produzir tanta desigualdade e tanta pobreza?”, questionou Miguel Castro, deixando claro que o Chega defende que o orçamento regional tem de melhorar a condição de vida dos madeirenses, com um alívio real da carga de impostos. “Há famílias que gastam mais de metade do rendimento na habitação e jovens que não conseguem sair da casa dos pais”, reforçou o deputado.
“A Madeira não pode continuar assim”, disse, referindo-se ainda aos custos das viagens e da falta de resposta na mobilidade. A concluir, Miguel Castro sublinhou que “o Chega não entrará no debate do orçamento para fazer política, mas para exigir responsabilidade e defender os madeirenses”.