O padre Martins Júnior comentou esta quinta-feira a megaoperação por corrupção, realizada pelo Ministério Público na Madeira, apelidando-a de “terramoto”.
Apesar de considerar que é “um grande acontecimento”, disse que neste momento se sente alheado.
“Nem ligo a isto. Tanto que nós bradámos, tanto que nós dissemos, tanto que nós lutámos, e éramos sempre esmagados, enxovalhados, publicamente, por governos, pela igreja, pela comunicação social”, disse fazendo alusão às lutas que empreendeu no passado.
“O que é preciso é um fôlego”, disse, recordando um episódio já por ele descrito noutras circunstâncias, quando dias depois da Revolução dos Cravos um agricultor chegou ao pé dele dizendo “já podemos tomar um fôlego”.
Martins Júnior apresentou, juntamente com Luisa Paolinelli, na Reitoria da Universidade, a ‘Breve História de Portugal – A Era Contemporânea (1807-2020)’, de Raquel Varela (historiadora) e de Roberto della Santa (cientista social).
O livro abarca 200 anos da história do país. Começa no pós-invasões francesas, abrange o pós-25 de abril e inclui parte da atualidade.
“É uma riqueza olhar para esse período quando comemoramos os 50 anos do 25 de abril e vivemos uma crise seríssima da democracia liberal”, sublinhou a historiadora em declarações aos jornalistas momentos antes da apresentação.
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