A intervir na sessão de abertura da primeira conferência da Autonomia organizada pela Comissão dos 50 Anos da Autonomia, o presidente do Governo Regional sublinhou que a Madeira está a ser penalizada pelos fundos europeus pelo sucesso que tem alcançado em termos económicos.
Miguel Albuquerque comentava a intervenção anterior de João Cunha e Silva sobre as dificuldades acrescidas das regiões ultraperiféricas para aditar que a Região está a ser penalizada pelo sucesso. Mas os custos ultraperiféricos são permanentes.
Miguel Albuquerque lembrou os sobrecustos da Saúde e da Educação, que um Estado social devia ter em conta, os custos acrescidos da construção e do custo de custos de vida na Madeira.
Lembrando que os madeirenses eram vistos como “os gastadores”, por causa da dívida, o governante disse que a Região está com a divida mais baixa do país.
Mas, “querem madeirenses pobres, com o PIB baixo”, salientou, referindo-se aos cortes previstos nos fundos europeus.
Albuquerque quer uma solução para o Centro Internacional de Negócios da Madeira, criticando a postura de Portugal em ser “politicamente correto” em vez de uma defesa firme da praça financeira.
Sustentando que a Madeira está “num beco sem saída”, por não poder dar passos mais firmes para o seu desenvolvimento, Albuquerque reafirmou que a Região vai apresentar, nos 50 anos de Autonomia, um projeto de revisão constitucional para resolver, “de uma vez por todas”, estes obstáculos.