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Levadas ajudaram Madeira a “aumentar o seu território”, destaca Rocha da Silva

Data de publicação
24 Novembro 2025
17:43

Rocha da Silva sublinhou, no fórum dedicado aos 25 anos da Laurissilva como Património Mundial da UNESCO, o papel decisivo das levadas no equilíbrio hídrico e no desenvolvimento da Madeira, chegando a dizer que os madeirenses “conseguiram aumentar o seu território”.

Questionado sobre a importância da floresta no ciclo da água, o engenheiro lembrou que a Laurissilva, sendo uma floresta húmida, garante uma grande retenção de água, permitindo “trazer água do Norte para o Sul, através das levadas, sem grandes danos na floresta”.

O impacto, frisou, foi “mínimo” na floresta, mas “enorme” no aproveitamento da água e no acesso ao próprio interior, já que as levadas funcionam também como vias de circulação, inclusivamente em contexto de combate a incêndios.

Rocha da Silva destacou a preocupação em manter o caudal ecológico nas ribeiras, para não secar por completo os cursos de água, preservando a flora e a fauna dependentes desse recurso. E deixou uma leitura mais ampla: “Tal como os Países Baixos conquistaram território ao mar, nós, ao trazermos a água do fundo dos vales para as achadas e lombos, aumentámos o território disponível para a implantação humana.”

Recordou ainda que, após os trabalhos da Comissão dos Aproveitamentos Hidráulicos, as centrais hidroelétricas e os canais de irrigação entre os 500 e 600 metros de altitude ajudaram a orientar a fixação da população, hoje maioritariamente estabelecida dessa cota para baixo, mesmo nas zonas rurais.

Na iniciativa promovida pelo JM e Secretaria Regional de Ambiente, Turismo e Cultura, que decorreu esta segunda-feira no Jardim Botânico da Madeira - Eng.º Rui Vieira, o antigo diretor regional de Florestas defendeu que os espaços florestais fora das áreas naturais protegidas devem ser usados para atividades compatíveis com a proteção ambiental, capazes de criar empregos, gerar rendimento e funcionar como faixas corta-fogo agrícolas, contribuindo para um mosaico que compartimenta a paisagem, dificulta a propagação de ignições e transforma quem ali trabalha em “guardiões desses espaços”.

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