Élvio Sousa, líder do JPP, abordou hoje o tema do Complemento Social de Idosos, uma medida do Programa de Governo a ser apresentado no início de setembro, numa iniciativa de contacto com a população de Santa Cruz.
"O Complemento Social de Idosos foi uma luta de vários anos do JPP, precisamente desde 2015, e que foi, apenas, acolhida pelo Governo Regional apenas em 2021, mas com uma execução baixa, de apenas 2100 beneficiários, em mais de 5 a 6 mil utentes que não se encontram inscritos pela burocracia da Secretaria", disse.
"Nesta conjuntura de inflação, de aumentos dos preços do supermercado, de aumento de rendas das casas e taxas de juro dos empréstimos, e necessidades de fazer face a outras despesas como medicamentos, consultas médicas e/ou exames, há necessidade de atualização desse complemento de pensão para valores nunca inferiores a 100 euros. Essa deve ser uma prioridade social, pois o que vemos é que em 2022 o Governo PSD/CDS gastou 20 milhões num Campo de Golfe, e apenas 700 mil euros no Complemento Social para idosos e para quem figura na primeira maior taxa de risco de pobreza, que não tem parado de aumentar. Uma vergonha, frisou.
"A verdade é esta: o JPP propõe um aumento para 100 euros do Complemento de Pensão. Esta coligação PSD/CDS, que saiu cara ao erário e ao contribuinte, tem de reduzir despesas e baixar gorduras para deixar margem para cobrir estes reformados. Segundo os valores inscritos nas contas é mentira, tal como afirmou Albuquerque, que o Governo tenha aplicado 4 milhões de euros no Complemento de Idosos. A execução orçamental fala de 1,1 milhão em 2021, e 700 mil euros em 2022, muito longe dos 4 milhões orçamentados, e não executados", explicou Élvio Sousa
"O Governo Regional PSD/CDS tem de simplificar procedimentos, e a proposta do JPP é que o processo seja simplificado e automático, pois atualmente para ser beneficiário o idoso passa por processo longo e burocrático, fazendo as pessoas desistir e a fraca adesão a esta importante ajuda, para quem tem pensões baixas. O JPP relembra a mais elevada taxa de risco de pobreza que se vive na Região Autónoma da Madeira, com os idosos a serem ser um dos grupos de maior risco, exatamente pelos baixos rendimentos que auferem", rematou o cabeça de lista.
Mónica Rodrigues