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JPP propõe soluções concretas para os desafios de Câmara de Lobos

Data de publicação
28 Novembro 2025
10:27

O JPP reuniu-se ontem com o presidente da Câmara de Câmara de Lobos para apresentar as suas propostas no âmbito da preparação do Orçamento e Plano de Atividades para 2026. Estiveram presentes os deputados municipais Jorge Figueira e Marco Ferreira e o vereador Miguel Ganança.

Nesta reunião, o JPP apresentou “um conjunto de propostas consideradas essenciais para melhorar a qualidade de vida” dos câmara-lobenses e para responder a problemas que, segundo o JPP, “permanecem sem solução há vários anos”. Entre as medidas prioritárias está a criação do Programa Municipal de Apoio a Pequenas Cirurgias, destinado a comparticipar procedimentos cirúrgicos de baixa complexidade e a acelerar o acesso a cuidados de saúde, sobretudo para munícipes com menos recursos e há muito tempo em lista de espera no Serviço Regional de Saúde. “O objetivo é garantir maior justiça no acesso à saúde, proporcionando, por exemplo nas cirurgias às cataratas, uma melhoria significativa da qualidade de vida para quem espera há demasiado tempo por uma solução eficaz”, aponta o partido.

No domínio da educação, o JPP propôs o reforço das bolsas municipais de estudo, defendendo que o apoio máximo concedido aos estudantes universitários deslocados aumente para 1.000 euros (atualmente 750 euros), e para 600 euros no caso de estudantes que frequentam o ensino superior na Região (atualmente 500 euros). A delegação apresentou também a proposta de criação de uma Bolsa de Mérito para alunos com média igual ou superior a 17 valores, e de uma Bolsa Municipal de Doutoramento, valorizando o percurso e o futuro dos jovens do concelho.

Ainda no plano social, o JPP defendeu o reforço do apoio à infância, garantindo não só um aumento dos montantes atribuídos, mas também que este apoio seja assegurado a todas as crianças, independentemente de frequentarem estabelecimentos dentro ou fora do concelho, ajudando famílias jovens num contexto económico exigente.

Na área fiscal, o JPP manifestou concordância com a manutenção da taxa mínima de IMI (0,3%), defendendo simultaneamente que a devolução de IRS aos munícipes seja aumentada de 2% para 3%, contribuindo assim para aliviar o esforço das famílias e reforçar o rendimento disponível.

No domínio do desenvolvimento económico e inovação, o JPP propôs a criação de um Polo Digital Municipal, um hub tecnológico a instalar na Biblioteca Municipal ou no Centro Cívico do Estreito, vocacionado para coworking, formação digital, apoio ao empreendedorismo e atração de nómadas digitais. A medida pretende criar melhores oportunidades de emprego para os jovens do concelho, estimular novas competências e dinamizar a economia local, com impacto direto no comércio e na economia local.

O bem-estar animal foi igualmente destacado, com a proposta de criação de um Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA), dotado de condições para acolhimento, esterilização, cuidados veterinários e programas de adoção responsável. Esta medida pretende responder a uma necessidade premente e já amplamente identificada na comunidade.

No plano das infraestruturas, o JPP voltou a alertar para a urgência de resolver as falhas de saneamento ainda existentes no concelho, nomeadamente nas zonas altas de Câmara de Lobos, como no Jardim da Serra. O presidente da Câmara reconheceu esta prioridade, sublinhando que a ligação ao ramal da via expresso no Jardim da Serra está entre as intenções do executivo municipal.

O JPP reiterou também a necessidade de criar infraestruturas dignas de apoio aos pescadores, bem como de requalificar o Mercado Municipal, dotando-o de melhores condições higiossanitárias e espaços adequados à atividade económica ali desenvolvida. A instalação de videovigilância em zonas críticas dos centros urbanos e a abertura alargada de casas de banho públicas, nomeadamente no mercado e junto à Igreja Matriz, foram igualmente apresentadas como prioridades para reforçar a segurança, a dignidade urbana e o acolhimento dos Câmara-lobenses e dos visitantes.

Durante a reunião, o JPP voltou ainda a abordar a ligação ao Curral das Freiras. A delegação alertou para o facto de o concurso lançado pelo Governo Regional – com prazo de quatro anos apenas para o estudo prévio – representar, na prática, mais um adiamento da solução que a população espera há décadas, traduzindo-se, como referiu o JPP, em “mais uma forma de empurrar com a barriga” a resolução do problema. O JPP reafirmou que deve ser realizado um estudo de viabilidade sério, abrangente e de natureza comparativa, avaliando diferentes alternativas, incluindo, por exemplo, soluções mistas por túnel via Ribeira dos Socorridos, conforme defendido durante a campanha autárquica.

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