A direção regional da Madeira do Sindicato de Jornalistas associa-se à paralisação anunciada por sindicatos independentes e afetos à CGTP-IN e UGT, agendada para amanhã.
“A greve geral de 11 de dezembro não é só dos outros. É de todos nós”, lembra o Sindicato dos Jornalistas.
Também na Madeira o exercício da nossa profissão “não é isento dos problemas enfrentados no território nacional”. “Relembramos o despedimento colectivo de três jornalistas da TSF- Madeira em 2021 e que, apenas este ano, foram integrados no quadro da empresa os jornalistas que permanecia em situação de precariedade na RTP-Madeira”, recorda o órgão sindical.
Mais sublinha “as disparidades salariais que persistem nas redações e a pressão que deixa metade das redações em risco de ‘burnout’, a par dos constrangimentos com que os jornalistas dão infelizmente confrontados no exercício da sua profissão”. “Problemas estes que o pacote laboral proposto pelo Governo da República vem agravar. A nova lei laboral pretende recuperar o banco de horas individual e forçar o aumento da carga horária sem compensação financeira”, adita o Sindicato.
“São motivos mais do que suficientes para que os jornalistas — também na Madeira — saiam à rua, por solidariedade aos camaradas que já vivem estas situações, pelo risco que paira sobre todos nós e sobre o futuro da profissão e porque este Governo já mostrou por diversas vezes que não respeita a independência dos jornalistas”.
Recorda ainda o Sindicato as palavras dos ex-presidentes do Sindicato: “A revisão laboral em cima da mesa é um gigantesco ataque à dignidade de quem trabalha - e o jornalismo sempre se pautou pela defesa da dignidade”.
O Sindicato apela, assim, a que quem pratica jornalismo se junte a esta luta, essencial “para impedir o impacto desastroso da Agenda Trabalho XXI nas pessoas trabalhadoras”.
A concetração dos jornalistas da Madeira terá lugar junto à sede do sindicato, Largo do Corpo Santo, n. 14, por volta das 10:30.
A mobilização será orientada e coordenada pela vice-presidente, Erica Franco.