Júlia Caré, presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz, foi a primeira a subir ao púlpito no oitavo episódio das Jornadas Madeira que hoje têm como palco Santa Cruz, nomeadamente no salão nobre da Câmara.
Num balanço aos últimos quatro anos de mandato, destacou o impacto da pandemia, que marcou o início do ciclo autárquico. “Foi um momento dramático, que condicionou o trabalho e obrigou a repensar e redefinir agendas”, recordou.
Em relação ao funcionamento das assembleias, salientou as alterações introduzidas no regimento, com o objetivo de incentivar a participação ativa dos cidadãos nas sessões. Sublinhou que, embora os membros da assembleia sejam representantes eleitos pelo povo, há sempre questões locais que escapam à atenção geral e que merecem ser discutidas diretamente pela população. Nesse sentido, Caré defende que seria importante que a cultura da participação das pessoas se solidificasse.
“Não confiarem só nos seus representantes, mas também irem à assembleia e colocar as suas questões in loco”, apontou.
Referiu ainda a criação da figura da Assembleia Municipal Extraordinária Temática, uma inovação que permitiu a realização de sessões dedicadas a temas específicos. Estas assembleias temáticas foram, segundo a responsável, “momentos altos”, que contaram com a participação ativa de convidados de várias idades, desde os mais jovens aos mais experientes.
Caré advogou ainda a necessidade de se continuar a afirmar a importância do 25 de abril para o poder local nos tempos atuais.