O deputado madeirense Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, a participar nas jornadas parlamentares do partido, em Coimbra, disse que há um esforço do PSD para “branquear a corrupção” na Madeira.
“Desde Ursula von der Leyen e António Costa ao governo regional da Madeira, Portugal e a Europa estão longe de ser exemplos. Ainda hoje [ontem] o secretário-geral do PSD disse que está confortável com o facto de Albuquerque voltar a ser candidato, o que denota o esforço daquele partido para branquear a corrupção que corrói a Madeira”, declarou.
Na ótica de Francisco Gomes, “o combate à corrupção só será plenamente alcançado quando o país assumir, com seriedade e genuinidade, a reforma profunda do sistema político por via da fundação de uma IV República
De acordo com um comunicado, o parlamentar madeirense considera que “a corrupção tem cinco facetas distintas, nomeadamente a economia paralela, a legislação que potencia a gestão danosa da Causa Pública, as insuficiências do sistema jurídico, a desadequação da moldura penal e o enraizamento das más práticas financeiras na cultura popular”.
Mudar todos estes aspectos, implica, na visão do deputado, não só um trabalho difícil, “mas uma missão geracional, que exige que a classe política consiga pensar o país, não em termos de ciclos eleitorais, mas em termos de décadas”.
“A corrupção compra a consciência de alguém e afeta de forma ainda mais expressiva os políticos medíocres e incompetentes, que consideram possível e aceitável roubar o que é do Povo. Mudar isto exige que os políticos sejam estadistas, mais preocupados com a recuperação dos alicerces do país do que em ganhar e preservar o poder pelo poder”, defende.
Francisco Gomes lamenta “que a corrupção se tenha tornado um problema endémico a todos os níveis da governação” e observou, também, que há um esforço generalizado para normalizar a corrupção e falta de meios humanos, financeiros e legais para combater o que vê como a delapidação da moral e ética no serviço público.