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Greve praticamente a 100% no Centro de Abate da Região

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
13 Agosto 2025
11:36

Os trabalhadores do Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira (CARAM) mantêm a paralisação iniciada na segunda-feira e que se prolonga até ao dia 22, com adesão praticamente total. Apenas um funcionário não aderiu à greve.

Recorde-se que, ontem, o sindicato informou os trabalhadores que a providência cautelar que tinha sido interposta contra os serviços mínimos decretados pelo Governo foi suspensa pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal.

Os trabalhadores exigem do Governo Regional e da administração da empresa a abertura imediata de negociações. A principal reivindicação é a equiparação salarial com outros funcionários da mesma entidade que já recebem 20% de subsídio de risco, para além da atualização salarial, do subsídio de alimentação e do subsídio de frio.

Nelson Pereira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, afirmou, esta manhã, em conferência de imprensa que “os trabalhadores agora estão praticamente a 100% de greve” para pressionar as autoridades. “O que queremos é que a Secretaria e o CARAM decidam negociar com os trabalhadores as reivindicações ou, no mínimo, calendarizem as datas para abrir um processo de negociação”, disse.

O sindicalista reconhece que o processo negocial se prolongue, mas tem de ter efeitos aenas no próximo ano. “O que não pode acontecer é ficar 18 meses sem negociar nada”. A exigência imediata é clara: “Se há trabalhadores que recebem 20% de subsídio de risco, isto também quer dizer que, no momento, todos os trabalhadores do CARAM devem receber o mesmo.”

A greve na linha de abate, que está ligada ao setor de distribuição, tem adesão de 99%, com apenas um condutor fora da paralisação. “Os trabalhadores querem que, já desde a fase das Secretarias e do CARAM, haja abertura para a negociação. Só isso”, reforçou Nelson Pereira.

O dirigente sindical explicou ainda que, atualmente, o CARAM aplica três níveis de subsídio de risco — alto, médio e baixo — conforme o serviço. “O risco mais alto é atribuído a quem faz o abate, prepara cargas e tem contacto com sangue ou doenças que animais, como vacas e cabritos, podem transmitir”, detalhou. Apesar de a tabela ter sido aceite anteriormente, foi com “reservas” e com a expectativa de futura revisão.

Para Nelson Pereira, a solução é inequívoca: “Aplicar exatamente o mesmo que se aplica a outros trabalhadores que têm risco: 20%. É isso que exigimos e vamos manter a greve enquanto não houver resposta.”

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