O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), faz um balanço “claramente positivo” da adesão docente à greve geral desta quinta-feira.
Em declarações ao JM, junto à Assembleia Legislativa Regional, Francisco Oliveira afirma que, apesar de o balanço final só ser feito amanhã — quando todos os horários estiverem contabilizados — já é possível concluir que a participação supera a registada na greve de 24 de outubro, que se situou nos 25%.
Segundo o dirigente sindical, a mobilização reforçada resulta sobretudo da preocupação dos docentes com o “pacote laboral” e com a possibilidade de futuras alterações à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. Francisco Oliveira alerta ainda para a intenção do Governo de “acabar com a carreira docente como carreira especial”, algo que o sindicato rejeita.
A greve decorre em dois dias consecutivos, o que levou alguns docentes a optar por apenas um deles devido ao impacto financeiro no salário. Ainda assim, o SPM indica que existem “dezenas de escolas paralisadas” na Região.
Quanto às percentagens, Francisco Oliveira adianta que, no caso dos assistentes operacionais, a adesão estará “entre os 50% e os 100%”, indicando 70% de acordo com informações recolhidas entre os delegados sindicais.
Entre os professores, a participação deverá situar-se “entre os 30% e os 40%”, embora com variações significativas: há estabelecimentos onde a adesão é elevada e casos como uma escola particular em Gaula, onde as educadoras aderiram na totalidade, levando ao encerramento.