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"Estamos a tratar o oceano e atmosfera como um esgoto", acusa PAN

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Junho 2023
14:42

O PAN-Madeira lamentou, ontem, que o oceano e a atmosfera estejam a ser tratados como um verdadeiro esgoto.

A este propósito, o partido recordou as declarações de Susana Prada, secretária regional do Ambiente, em que afirmava que a espuma e as manchas que têm surgido no mar se tratam na verdade de microalgas e não de esgoto.

"Temos um problema de credibilidade, mas é por nossa escolha que continuamos neste padrão de comportamento", disse, nesta segunda-feira, o porta-voz do PAN numa visita à frente mar do Funchal, na zona do Lido, no seguimento dos avistamentos das ditas "algas" no oceano.

"Estamos a tratar o oceano e a atmosfera como autênticos esgotos, para onde lançamos metais pesados, águas cinzentas, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), o que provocando problemas na atualidade, também o são para as gerações vindouras, pois por exemplo em média, cada molécula de dióxido de carbono permanece cem anos na atmosfera e até agora já capturaram tanto calor que se, fossem libertadas, teria a intensidade duns milhares de bombas de Nagasaki a explodir no planeta!", continuo o responsável.

Mais recordou que o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres referiu que se não mudarmos de vida, estamos numa autêntica "Autoestrada para o inferno".

"Faltam seis anos e seis meses, para segundo o IPCC, atingirmos o ponto de não retorno, quanto às alterações climáticas. A luta global do clima será ganha ou perdida nesta década crucial", aponta o PAN, que lamenta que o Governo Regional "assobie para o lado" como se nada estivesse a acontecer.

"O PAN considera que não podemos continuar a negar os compromissos assumidos para o abandono dos combustíveis fósseis. Nem tão pouco compreendemos como é que é possível que o governo regional não utilize os apoios do Plano de Recuperação e Resiliência para acelerar a transição energética e o abandono dos combustíveis fosseis", aditou.

É neste sentido que o PAN apela à redução até 2030 de 60% do papel utilizado na Administração Pública, ao aumento para 80% as casas e empresas na Região com saneamento básico até 2030, e à renovação da frota dos Horários do Funchal para que seja movida a hidrogênio.

Defende também a aposta na mobilidade suave para reduzir o número de carros nas cidades, o lançamento de um concurso do metro de superfície (Metro bus) entre o Porto do Funchal e Câmara de Lobos, o fim dos plásticos de toda a Administração Pública, o apoio à agricultura sustentável e a não permissão de navios de cruzeiro que não tenham práticas ecológicas aportem na Madeira.

O PAN considera ainda que é fundamental que o Governo Regional e os diferentes municípios implementem uma estratégia, para que as águas sujas não cheguem aos oceanos sem tratamento adequado, e que que a Madeira e o Porto Santo sejam ilhas verdes, energeticamente autossustentáveis.

Redação

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