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Conferência Caminho Real: É preciso preservar os caminhos reais que ainda existem

Data de publicação
07 Dezembro 2024
9:52

Miguel Silva Gouveia alerta que caminhos reais são alternativa aos percursos saturados mas apela que é necessário preservar os que ainda existem.

Acontece esta manhã, no auditório do Museu de Eletricidade, a IV Conferência do Caminho Real da Madeira, que visa refletir sobre o futuro dos caminhos reais.

Miguel Silva Gouveia assinalou a característica centenária e identitária destes caminhos que têm servido como mote da Associação do Caminho Real da Madeira por si presidida.

Esta conferência, sob o mote do pedestrianismo, visa “juntar um conjunto de experiências, de diferentes caminhos nacionais e até internacionais. O Caminho Real acolhe aqui experiências dos caminhos dos Romeiros dos Açores, dos caminhos de Santiago, quer do espanhol, quer do português, dos caminhos de Fátima. No fundo, iremos hoje aqui refletir sobre a forma como o pedestrianismo e estes caminhos podem valorizar de uma forma harmoniosa, não só com hábitos de vida saudáveis, mas também ter uma ligação às comunidades onde há ganhos de parte a parte, há valor acrescentado também nas comunidades onde se inserem”, elaborou o engenheiro.

A conferência é composta por dois painéis com 6 oradores, sendo algumas das pessoas provenientes do continente, outras dos Açores.

Miguel Silva Gouveia sustentou que também se trata de sensibilizar para este património natural numa altura em que tantos pontos turísticos da Madeira se encontram saturados. “Dar a conhecer um produto que nós temos aqui na Madeira que é único, que são os nossos caminhos reais, que são rotas centenárias que serviram de fio condutor de toda a identidade madeirense, da nossa história, construídos pelos nossos antepassados, como forma de ultrapassar as adversidades e as dificuldades de uma ilha com uma orografia muito acentuada e acho que nós todos devemos nos orgulhar deste património regional e aprender com aquilo que, noutros sítios, noutras paragens, fazem para valorizar”.

Miguel Silva Gouveia ressalva que a expetativa é que o caminho real consiga ser um produto complementar à “oferta turística massificada que nós temos neste momento, nomeadamente com algumas levadas e alguns percursos pedestres no interior da ilha que estão densamente utilizados”.

No mais, lembrou ser “preciso preservar aquilo que ainda existe, porque muitos dos caminhos reais foram absorvidos por vias regionais, vias municipais, mas o que resta deles é preciso ser salvaguardado”, alertou, expressando “que importa que seja uma missão de todos nós na Madeira, acarinhar aquilo que é nosso e que nos diferencia e distingue do resto do mundo, do resto do país”.

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