Em resposta às acusações tecidas por Élvio Sousa, a Câmara Municipal do Funchal assegurou, hoje, que a autarquia não recebeu qualquer intimação das instâncias judiciais para entregar documentação relativa aos investimentos previstos, mas ainda não concretizados do grupo LIDL ao Juntos Pelo Povo, acusando assim o deputado de proferir “mentiras e falsidades”.
Numa nota enviada à redação, o Gabinete de Apoio à Presidência da CMF acusa o parlamentar de julgar “que só por ser deputado pode passar por cima de tudo e todos e dizer tudo o que lhe apetece, acusando tudo e todos da forma mais baixa possível”.
“Mas os funchalenses, em particular, e os madeirenses, em geral, estão já mais do que habituados às suas vis e torpes insinuações e mentiras, que revelam a sua maneira baixinha de ser em política, que é pautada pelo vale tudo, em concreto, espalhar a falsidade e a calúnia”, começa por enunciar a mesma nota, que aponta ainda o dedo a Élvio Sousa, por “não fazer nem construir nada” e “não contribuir para qualquer criação de riqueza ou postos de trabalho, inclusivamente no concelho onde reside”.
“A única coisa que sabe fazer são acusações e denegrir a imagem das pessoas, movendo-se em terreno enlameado e pantanoso, nada dignos de um representante do povo, de quem sempre se espera o melhor e não o pior”, continua a edilidade.
A este propósito, a Câmara voltou a reiterar que toda e qualquer documentação é disponibilizada em função de quem a solicita, mas avisa que a CMF “não responde perante qualquer partido da ALRAM, apenas o fazendo aos partidos com representação na Assembleia Municipal”.
As acusações a Élvio Sousa prosseguem com a entidade municipal a afirmar que o deputado, embora se julge “dono da verdade”, apenas sabe “enganar” a opinião pública, esquecendo-se que “as decisões de investimento privado são tomadas pelo Conselho de Administração da empresas e não pelo Presidente da CMF”.
“A edilidade, como é óbvio, apenas cabe aprovar e/ou licenciar projetos em face da legalidade e objetivos estratégicos do Município. Por isso mesmo, só uma cabecinha ignorante ou falaciosa, como parece ser a do deputado Élvio Sousa, pode passar a vida, como o faz, a enganar os cidadãos e a inventar e deturpar a realidade”, aditou ainda o órgão liderado por Pedro Calado, que mais assegura que a autarquia cumpre tudo o que legalmente é obrigada a cumprir, apontando assim que “responder a pessoas que não têm mais nada para fazer e/ou construir, não é obrigação da autarquia”.
Sobre o processo do LIDL, a CMF afirma tudo o que está pendente já foi esclarecido publicamente, estando, no entanto, sempre disponível para falar, explicar e apresentar o que é necessário a quem de direito, como às entidades fiscalizadoras, judiciais, empresariais ou outras.
“Do que foi dado a conhecer à Câmara Municipal do Funchal, o Tribunal Administrativo do Funchal entendeu que o pedido da JPP pode diretamente prejudicar terceiros, pelo que pediu à empresa para se pronunciar. Nesta sequência, sabe a autarquia que a LIDL já transmitiu ao tribunal o seu pedido para considerar improcedente o pedido de intimação, em virtude de a informação requerida revelar segredo comercial e da vida interna da empresa, dando assim razão à Câmara Municipal do Funchal. E a deferir o pedido, segundo argumentou a LIDL, este deve ser somente após a conclusão dos processos de licenciamento pendentes no Município do Funchal. O assunto é, agora, entre a LIDL e o requerente do processo, sendo que a autarquia respeitará o que o Tribunal decidir”, finda o comunicado.