Entre terça e quinta-feira, uma comitiva do Chega desloca-se a Bruxelas para reuniões de trabalho dedicadas aos desafios que afetam o sector das pescas na Região Autónoma da Madeira. Para o partido, esta deslocação é essencial para procurar solucionar desafios que, a seu ver, têm sido agravados pela incompetência do governo regional e pela falta de intervenção adequada das autoridades nacionais.
O programa de trabalho do Chega em Bruxelas inclui reuniões com o embaixador António Tanger Correia, eurodeputado do Chega, com eurodeputados do grupo ‘PATRIOTS for Europe’ da Comissão das Pescas e com equipas técnicas e jurídicas que estão ligeiras à temática das pescas nos países europeus.
A delegação do Chega inclui Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República, Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira, e pelos deputados regionais Hugo Nunes e Manuela Gonçalves.
Os parlamentares levam às instituições europeias vários assuntos, com destaque para a redução da quota de atum, que dizem ter descido de 11 mil toneladas para cerca de 2.700, um valor que o Chega considera catastrófico e que tem deixado dezenas de profissionais sem rendimento.
Francisco Gomes afirma que os pescadores estão exaustos “dos bloqueios, das burocracias e das perseguições políticas de quem deveria protegê-los”. O deputado garante que o CHEGA continuará a denunciar práticas abusivas e medidas que prejudicam diretamente quem vive do mar.
“O Chega é a voz dos pescadores da Madeira e não temos medo de enfrentar o governo regional e o governo da República. Os pescadores não querem propaganda nem esmolas – querem trabalhar sem perseguições e sem quotas que destruam a sua vida”, aponta Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.
O partido recorda que, no último período de faina, oito atuneiros ficaram em terra, um não pescou nada e muitos ponderam abandonar a atividade, resultado do que diz ser a combinação de quotas insuficientes e erros políticos acumulados.
“Enquanto o governo regional tenta vender mentiras e números martelados na televisão e imprensa local, os pescadores sabem o que se passa: barcos parados, famílias aflitas e perseguições vergonhosas. O Chega vai continuar esta luta porque a Madeira merece respeito e os pescadores merecem verdade!”, remata.