O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para o parlamento nacional, criticou os partidos que apoiam o governo da República, após o chumbo do projeto de resolução apresentado pelo partido que determinava o desenvolvimento dos trâmites legais e jurídicos necessários para que os residentes na Região Autónoma da Madeira pagassem apenas o valor fixo das viagens aéreas entre a Região e o continente.
A proposta do CH foi reprovada com os votos contra do PSD e do CDS, bem com a abstenção do PS. Para Francisco Gomes, o resultado da votação revela a incoerência dos partidos do “bloco central”, que “dizem defender a mobilidade dos madeirenses, mas, quando chega o momento de agir, viram as costas”.
“PSD, CDS e PS dizem que defendem a coesão territorial, mas na prática perpetuam um sistema injusto, caro e burocrático. Quando o Chega procura apresentar soluções concretas, o voto é contra os madeirenses”, analisou o deputado.
O parlamentar lamenta que, “mais uma vez”, a promessa de mobilidade plena seja adiada por interesses partidários e acusa o governo da República de manter um modelo que penaliza financeiramente os residentes nas regiões autónomas, em violação do princípio constitucional da continuidade territorial.
“Os partidos do centrão estão mais preocupados com o subsídio do que com a justiça. O nosso povo merece pagar o valor fixo do bilhete, sem truques, nem reembolsos, nem burocracias. É pena que vejam os seus interesses novamente adiados”, comentou, assegurando que continuará a apresentar propostas para garantir aos madeirenses o mesmo direito à mobilidade de qualquer cidadão do continente.