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Chega com plano estratégico para transformar e valorizar a freguesia do Monte

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
14 Novembro 2025
12:01

O Chega apresentou um plano estratégico para a freguesia do Monte, defendendo uma nova visão assente na tradição, na fé e no desenvolvimento sustentável. O documento, intitulado “Monte OA 2025”, foi entregue pelos eleitos do partido à Assembleia de Freguesia do Monte, Jorge Freitas e António Afonso, e reúne um conjunto de propostas que pretendem reposicionar o Monte como uma das zonas mais emblemáticas e dinâmicas da cidade.

Segundo se lê na nota de imprensa, assente nos princípios da proximidade, da boa governação e da responsabilidade financeira, o plano propõe “uma nova forma de fazer política local”, orientada para o cidadão, para a transparência e para resultados concretos. Para os seus autores, o Monte deve afirmar-se como um território de identidade forte, capaz de equilibrar património, paisagem, cultura e atividade económica.

Entre as medidas propostas, destaca-se a revitalização sociocultural e turística de vários núcleos da freguesia, nomeadamente os Tornos, Corujeira de Fora, Largo da Fonte, Babosas e Curral dos Romeiros. O objetivo é reforçar a circulação pedonal, dinamizar o comércio local e devolver vitalidade a zonas que, segundo o CHEGA, têm um enorme potencial ainda por explorar.

Outro ponto central do plano é a criação de um centro logístico para os carreiros, passo considerado decisivo para consolidar a candidatura dos tradicionais “Carrinhos do Monte” a Património Mundial da UNESCO. A intenção é melhorar as condições de trabalho dos carreiros, organizar fluxos turísticos e garantir uma gestão mais profissionalizada daquele que é um dos ex-líbris da Madeira.

O documento propõe ainda a recuperação dos jardins tradicionais e uma reorganização paisagística inspirada no romantismo do século XIX, alinhando o Monte com a estética que marcou o seu apogeu histórico. A par disso, prevê-se a melhoria da mobilidade e do estacionamento, incluindo a reorganização do trânsito no Largo da Fonte e na zona da sede da Junta de Freguesia.

O turismo religioso e espiritual surge igualmente como aposta estratégica, com a valorização de locais icónicos como o Terreiro da Luta e as capelas históricas do Monte. Segundo o CHEGA, estes espaços devem integrar um percurso temático que atraia visitantes interessados na componente espiritual e patrimonial da freguesia.

Para reforçar a oferta cultural, o plano inclui a criação de um polo cultural e recreativo na antiga Quinta do Esmeraldo, destinado a acolher associações e a promover eventos culturais e comunitários ao longo do ano. A requalificação de passeios, miradouros e zonas verdes também integra as prioridades, com a ambição de transformar o Monte numa autêntica “zona de charme” madeirense.

No campo social, o projeto defende políticas de apoio às famílias mais carenciadas, através da criação de um Polo Social e do reforço do atual Polo de Emprego. O objetivo é promover a coesão social e garantir que a modernização da freguesia não deixe ninguém para trás.

Inspirando-se no exemplo de Sintra, os deputados municipais defendem que o Monte pode tornar-se “a versão madeirense da capital do romantismo”, unindo natureza, fé e cultura num modelo de desenvolvimento sustentável e respeitador da identidade local.

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