Edgar Silva, à margem de uma visita hoje realizada ao Jardim da Serra, vangloriou o facto do povo da freguesia "ter enfrentado, corajosamente, os senhorios desta terra e ter vencido", o que a seu ver demonstra que "apesar da violência da exploração, a libertação é possível".
Exemplificando com a luta contra o regime de ‘colónia’, o candidato pela CDU referiu que "o Jardim da Serra é um dos lugares que na Madeira mais avançaram na luta pelos direitos dos caseiros e pela extinção da ‘colónia’, uma terrível forma de exploração dos camponeses nestas ilhas da Madeira e do Porto Santo e, ao mesmo tempo, era uma afronta à dignidade humana".
Deste modo, o candidato destacou "o bom exemplo da força do povo na luta dos caseiros", que apesar da "pior das misérias" e da "repressão", desenvolveram "lutas corajosas" e "venceram".
O Padre Mário Tavares foi enaltecido, na ocasião, tendo em conta que se tratou de uma figura "importante" para a "luta contra a canga". Uma "referência da história do povo da Madeira na luta pela dignidade e por direitos fundamentais", realçou Edgar Silva.
Por fim, "embora tenha sido derrotado o regime de ‘colónia’ na Madeira e no Porto Santo", o candidato afirmou que "a luta contra a exploração não acabou". Assim sendo, "está nas nossas mãos continuar a tarefa de criar Justiça Social", sublinhou, apelando para que a população dê "mais força à CDU", de forma a que "a luta pela dignidade do povo e pelos seus direitos continue", uma vez que "os senhorios de hoje, comparados com os dos dias da ‘colonia’, em nada são menos brutais na exploração", concluiu.
Lígia Neves