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“Avalanche de informação”: palestra ajuda alunos a distinguir desde cedo o que é verdadeiro e falso

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
12 Novembro 2025
16:17

A Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, na Ribeira Brava, promoveu esta tarde, uma palestra dedicada ao tema ‘Fake News e Desinformação’, uma iniciativa organizada pelas docentes Olga Fernandes e Emília Melício. O encontro, dirigido aos alunos do 2.º ciclo, contou com a presença de Miguel Silva, diretor do JM, e de Gil Rosa, jornalista da RTP-Madeira, que partilharam com os mais jovens os desafios da informação na era digital.

Olga Fernandes explicou que o evento surgiu no âmbito dos conteúdos de Português, nos quais se abordam os textos informativos e jornalísticos, mas quis ir além dos manuais. “Enquanto educadores e informadores, temos de estar em ligação com o que se passa na sociedade”, afirmou, sublinhando a importância de ensinar desde cedo a distinguir o que é verdadeiro do que é falso, ainda mais numa época de “avalanche de informação”, o que torna cada vez mais difícil identificar fontes fidedignas.

“Achámos que seria muito benéfico começar logo no segundo ciclo uma atividade como esta, com especialistas que esclareçam o que está por trás das ‘fake news’ e da desinformação”, referiu. Fernandes lembrou ainda que os jovens, ao utilizarem as redes sociais, “com um gosto, um ‘like’, uma partilha ou um comentário, podem estar a contribuir de forma positiva ou negativa” para a proliferação de uma notícia falsa.

  • “Avalanche de informação”: palestra ajuda alunos a distinguir desde cedo o que é verdadeiro e falso

Para Olga Fernandes, a ética e os valores devem prevalecer sobre a tecnologia. “Os alunos podem ser muito bons nos estudos, mas é a honestidade, o bom senso e a distinção entre o certo e o errado que devem guiar as suas ações”, frisou, alertando para os impactos psicológicos da desinformação e para a necessidade de uma cidadania digital responsável.

A docente sublinhou ainda que a iniciativa hoje realizada também teve a preocupação de ser destinada à população mais idosa, através da universidade sénior, uma vez que há muitos idosos vítimas de burlas online, pelo que a informação é uma arma.

Já Miguel Silva sublinhou que combater a desinformação passa, acima de tudo, pela educação. “Explica-se com linguagem simples, valorizando o trabalho dos jornalistas e a importância das fontes credíveis. Partilhar uma notícia é partilhar conhecimento; partilhar informação não validada é contribuir para o ruído e para a mentira”, alertou.

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Para o diretor do JM, as crianças devem aprender a reconhecer a origem da informação: “Se uma notícia é partilhada por um jornal, rádio ou televisão, à partida é válida. Se vem de um site anónimo, sem assinatura, é de excluir.”

Miguel Silva reconhece, porém, que o desafio é maior numa era dominada pelas redes sociais. “Antes, a ‘bilhardice’ ficava entre vizinhos. Agora, espalha-se num instante, do Porto Moniz ao Algarve. É por isso que temos de educar para a responsabilidade digital desde cedo.”

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