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Autárquicas: BE defende reforço dos apoios sociais no Funchal para abranger mais munícipes

Data de publicação
30 Setembro 2025
17:44

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara do Funchal, na Madeira, nas eleições autárquicas, defendeu hoje uma revisão aos apoios sociais que existem, de modo a abrangerem mais munícipes.

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara do Funchal, na Madeira, nas eleições autárquicas, defendeu hoje uma revisão aos apoios sociais que existem, de modo a abrangerem mais munícipes.

O partido escolheu hoje o centro da cidade para arrancar a campanha eleitoral para as autárquicas de 12 de outubro, onde entregou panfletos e falou com alguns munícipes sobre questões que os preocupam, como o custo de vida e a pobreza.

Em declarações aos jornalistas, junto a um centro comercial e a uma das ruas mais movimentadas do Funchal, a cabeça de lista bloquista, Dina Letra, referiu que as autarquias não podem intervir ao nível dos salários nem aumentar reformas, “mas podem dar apoio à população”.

“E, numa altura em que a Câmara Municipal do Funchal tem receita fiscal extraordinária de milhões de euros, em que cobra tantos impostos aos funchalenses, nós não podemos permitir que ainda haja no Funchal quem passe fome e quem passe dificuldades”, afirmou.

A candidata considerou que, “atendendo ao aumento do custo de vida, é importante que haja uma revisão dos índices dos programas de apoio que já existem”.

“Neste momento, os programas de apoio têm como base o IAS [Indexante dos Apoios Sociais], que é muito pouco, são 500 e poucos euros, está até abaixo do limiar da pobreza, e nós achamos que é preciso subir os índices pelos quais se regem os regulamentos, de modo a abranger mais pessoas”, apontou.

A também coordenadora do BE/Madeira e antiga vereadora no principal município da região referiu ainda que há pessoas que trabalham, ganham o salário mínimo e também não conseguem pagar todas as suas despesas, mas “ficam sempre fora desses apoios”.

“Portanto, é preciso alargar o âmbito dos apoios que já existem, e é preciso juntar à mesma mesa várias entidades que possam conversar, que possam ter uma estratégia, [para] que possamos ter uma estratégia local de combate à pobreza”, reforçou.

Dina Letra elencou, igualmente, entre outras medidas, a constituição de um Conselho Municipal pelo Combate à Pobreza e a criação de uma linha de emergência alimentar, destinada sobretudo àquelas pessoas que “têm vergonha de dar a cara”.

“Há, de facto, muitas dificuldades, há funchalenses a passar dificuldades e, como eu disse, não é aceitável que em pleno século XXI, com o ‘boom’ económico que toda a gente diz haver, o governo congratula-se com isso, com a receita fiscal extraordinária que a Câmara Municipal do Funchal está a cobrar aos funchalenses, que não possa reverter parte desse valor para ajudar quem de facto precisa”, insistiu.

O atual executivo da Câmara do Funchal é composto por seis vereadores da coligação PSD/CDS-PP, chefiado por Cristina Pedra, e cinco sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.

O BE tem representação na Assembleia Municipal do Funchal com três deputados, eleitos pela coligação PS/BE/PAN/MPT/PDR, que se separou após as autárquicas de 2021.

Candidatam-se à Câmara do Funchal nestas eleições Paulo Azevedo (Nova Direita), Mónica Freitas (PAN), Marta Sofia (Livre), Filipe Santos (Chega), Rui Caetano (PS), Miguel Pita (ADN), Fátima Aveiro (JPP), Raquel Coelho (PTP), Válter Rodrigues (MPT), Jorge Carvalho (coligação PSD/CDS-PP), Ricardo Lume (CDU – coligação PCP/PEV), Sara Jardim (IL), Liana Reis (RIR) e Dina Letra (BE).

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