O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, encontra-se hoje encerrado devido à greve convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS), cuja direção aponta ainda adesões de 80% a 90% noutros museus do país.
Contactada pela agência Lusa sobre os efeitos da paralisação na sua rede de 37 museus, monumentos, palácios e sítios, fonte oficial da Museus e Monumentos de Portugal (MMP) indicou que até ao fim da manhã tinha apenas registo do encerramento do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Aquela empresa pública divulgou no seu ‘site’ um aviso ao público que tenha adquirido previamente bilhete para um equipamento da sua rede e o encontre encerrado que poderá trocá-lo para outra data ou ser reembolsado na íntegra, bastando efetuar o pedido para o endereço eletrónico info@blueticket.pt.
Também contactado pela agência Lusa, o presidente do SITOPAS, Jaime Santos, disse ter tido conhecimento, até ao fim da manhã, na área da cultura, de “uma elevada adesão à greve, entre 80% e 90% nalguns museus do país”.
O SITOPAS marcou uma greve dos trabalhadores da administração pública central, regional e local de dois dias - quinta-feira e hoje - “pelo motivo principal do anteprojeto do Governo para a reforma da legislação laboral”, uma proposta que “retira direitos e aumenta a precariedade dos trabalhadores”, justificou o dirigente sindical à Lusa.
Jaime Santos criticou ainda as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre a possibilidade da subida do salário mínimo nacional para os 1.600 euros, considerando-as “um desrespeito para com os trabalhadores”.
Entre as reivindicações dos trabalhadores afetos ao SITOPAS para o protesto estão a garantia da caixa geral de aposentações para todos, subsídio de refeição para nove euros e valorização dos assistentes técnicos e técnicos superiores, a reposição das carreiras e conteúdos funcionais em todos os serviços públicos, redução da idade da reforma para os 62 anos e 36 anos de descontos, e a diminuição da ADSE para 1,5% e 12 meses.
Na quinta-feira, realizou-se uma greve geral, a primeira convocada pela CGTP e UGT em 12 anos, que afetou setores como transportes, escolas, hospitais e centros de saúde.