MADEIRA Meteorologia

Autarquia do Funchal quer desburocratizar mais o atendimento eletrónico

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
15 Junho 2022
12:51

O país precisaria de 100 mil gestores de projetos e tem atualmente cerca de cinco mil. A informação foi prestada esta manhã pelo presidente da Associação Portuguesa de Gestão de Projetos (APOGEP), no encontro ‘Preparar o futuro com a Gestão de Projetos’, que se realiza no auditório da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas.

Pedro Engrácia divulgou que a APOGEP pretende abrir uma delegação na Madeira, dado o crescimento de projetos que se têm notado. O responsável expôs a importância que um gestor de projetos pode ter no desenvolvimento empresarial a vários níveis, uma figura que também pode ser aproveitada pelas entidades públicas, como é o caso da Câmara Municipal do Funchal, representada na sessão de abertura pelo vereador Bruno Pereira.

O autarca, na sua intervenção, referiu que as entidades públicas têm os seus orçamentos alavancados em projetos com fontes de financiamento diferentes, o que significa que é necessário apostar em técnicos especializados na gestão dos mesmos projetos.

Bruno Pereira abordou a dinâmica da autarquia, dando exemplos de programas em curso, como as câmaras com inteligência artificial na gestão do tráfego, com interação com a gestão da mobilidade e dos semáforos; "o novo projeto de implementação de um sistema de controlo de fugas e da pressão da rede de água, associado a um conceito muito grande de telegestão", a gestão dos parques de cargas e descargas com lugares com sensores que informam as empresas se estão ocupados ou não, entre outros.

O vereador da CMF considera que a autarquia está "no bom caminho" na implementação de diversos projetos. "A Câmara tem um papel ativo não só como de incentivar como também é um parceiro ativo, com projetos em curso" e outros a serem implementados. "Queremos aprofundar mais. Temos projetos em vista. Grande parte do nosso trabalho é feita na gestão de projetos", realçou, esclarecendo que o orçamento municipal é insuficiente para alavancar todos, daí que o recurso a apoios comunitários, "ou onde exista financiamento", seja uma necessidade. "Isso exige termos equipas internas de gestão de projetos com conhecimento de todas as técnicas e informação sobre onde os fundos existem".

Ao JM, Bruno Pereira explicou que no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio, "temos pensado para diversas áreas novos projetos ligados a tecnologia". Sem levantar o véu, apontou ideias que a autarquia pretende implementar na gestão dos recursos, na água, eficiência energética como nos bairros sociais e iluminação pública, na gestão do tráfego e mobilidade, "no atendimento eletrónico menos burocrático e permitindo às pessoas interagir com os serviços a partir de casa (mas mantendo sempre o serviço presencial a pensar nos cidadãos mais velhos)", entre outros.

De referir ainda que o presidente da APOGEP destacou, na sua intervenção, a celeridade que a pandemia veio trazer na organização de eventos, uma vez que muitos dos procedimentos passaram a ser feitos online e não presencialmente. "A pandemia mudou o nosso paradigma. Aquilo que é a aproximação entre as pessoas e o trabalho neste momento é perfeitamente aceite como digital e remoto, algo que há quatro anos não era assim. Esta mudança empurra as organizações a se transformarem, o que se assume como um grande desafio para todos nós", afirmou, acrescentando que "a gestão de projetos pode ajudar muito nisso".

Paula Abreu

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Fez bem Cristiano Ronaldo em se encontrar com Donald Trump na Casa Branca?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas